United States or Malta ? Vote for the TOP Country of the Week !


Em nome pois do Povo, o velho e antigo cedro, sangrento como a cruz, e a quem como S. Pedro tens renegado sempre, ó sordido traidor, em nome da sua ira, e em nome do suor que elle verte a chorar, na Terra, o chão antigo, que faz córar a rosa e rebentar o trigo, em nome dos seus mil cuspidos sacrificios do seu Calyx, da Cruz, da Esponja, dos supplicios, das suas mães sem pão, seus filhos no abandono como um farrapo velho e como um cão sem dono, em nome da Miseria, em nome da Innocencia de tudo que ha de humano e grita na Consciencia, em nome do Direito, em nome d'esta Penna, escuta a minha voz, a voz que te condemna Tu foste n'outro tempo um homem justo, um crente, forte, obscuro, plebeu, filho da santa gente da plebe que trabalha, e com as mãos possantes sabe arrancar da terra as eiras e os diamantes, d'essa raça animal dos grandes infelizes que são na sociedade assim como as raizes que em quanto estão no chão, na solidão, no escuro, dando a seiva e o vigor ao tronco bem seguro, vivendo humildes sempre, obscuras, silenciosas estão as folhas no ar, altivas, gloriosas, olhando para o azul sereno das espheras, todas cheias de flor nas verdes primaveras, sendo a gloria da leiva, a sombra dos caminhos, tendo as bençãos do Sol e os canticos dos ninhos.

O quadro delicioso que vim achar em sua casa, senhor Gastão de Noronha, redobrou-me o encanto, porque é elle a mais sublime realidade das minhas imaginações. Que ditosa velhice a do pae que em volta de si cinco filhas, cinco amores de filha a florescerem-lhe a alma com as suas primaveras! Assim não se deve sentir o pezo dos annos, nem o temor da morte.

Um, de 1872, com o titulo de Primaveras Romanticas contêm os meus Juvenilia, as poesias de amor e phantasia, compostas na sua quasi totalidade, entre 1860 e 65, que andavam dispersas por varias publicações periodicas, e que em 72 reuni em volume, juntamente com mais alguma cousa posterior, do mesmo caracter e estylo.

A mais velha das nossas tres heroinas, que era a fidalga, contava apenas dezoito primaveras. Rosa, e Anna, ignoravam a edade que ao certo tinham, sustentando, com tudo, o pueril capricho de que não era mais velha uma do que a outra.

E a minha triste bôca dolorida Que dantes tinha o rir das primavéras, Esbate as linhas graves e severas E cae num abandôno de esquecida! E fico, pensativa, olhando o vago... Toma a brandura plácida dum lago O meu rôsto de monja de marfim... E as lágrimas que choro, branca e calma, Ninguem as brotar dentro da alma! Ninguem as cair dentro de mim! *Torre de névoa* TORRE DE N

n'aquelle anno, em meio da bruteza das nossas platêas, se confrangiam de magoa e pejo alguns raros entendimentos que vaticinavam a resurreição do theatro nacional. Almeida Garrett orçava então pelos dezeseis annos. Florecidas mais seis primaveras n'aquelle precoce espirito, a arte nova lhe desbotoaria as primeiras flôres da grinalda.

Mas eu não sei se me acreditariam coisas tão perigrinas entre o virginal Fortunato, chefe da policia, e ella, a menina Neves que havia colhido as boninas de vinte e nove primaveras nas florestas do seu Minho, onde a maroteira é pre-historica.

Quem tintas vermelhas Ao Sol poente que arde? Quem coze as nuvens velhas, E accende o astro da tarde? Os campos dão renovos Tambem, n'outras espheras? Quem faz as primaveras? Quem faz os astros novos? Quem faz a ave-flor? Quem tinge o temporal? Quem faz a pomba, côr Do lyrio virginal? No Sol ha violetas, E rios, campos, vinhas? Dize, se nos planetas?... Tambem ha andorinhas...

Esse é como o tronco sêcco: vicejou, florejou cem annos, cantou com todas as aves debaixo do céo, mimoso da terra, familiar com o sol, confidente das estrellas, abrigo aos amantes, depositário dos seus nomes e votos, suspirando suave com elles, inebriando-os com suas exhalações, promettendo-lhes, e promettendo-se, primaveras sem numero e sem fim; depois, murchou; cortaram-n-o, cahiu; fizeram d'elle, se o não deixaram apodrecer, ou o não queimaram, um instrumento grosseiro para revolver o solo, um barco para transportar mercadorias; ou, quando mais bem livrado, um Satyro tosco, de quem riem os passageiros, ou uma apparencia de Bemaventurado para um altar. ¡Oh! ¡como aquelle arado, se podesse pensar, trocaria com alvoroço o seu prestimo, aquelle barco os seus serviços, aquelle Satyro o seu arremedo de riso, aquelle Santo a sua alampada e os incensos, por uma das horas frivolas e sem historia, da arvore, que vivia, que amava, e que era amada!

Nenhum dos desgraçados o sabia, porque o Hospital enorme entaipa a cidade, e essa vida humida, nóras, torrentes de detrictos, arvores, primaveras, gritos de sol, é desconhecida a todos os que soffrem em baixo, entre o granito resequido. outro pobre, o Pitta, da trapeira contigua como eu a prodigiosa natura a Mãe.

Palavra Do Dia

stuart

Outros Procurando