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Atualizado: 18 de setembro de 2025
Não sei se me voou, se m'a levaram, Nem saiba eu nunca a minha desventura Contar aos que inda em vida não choraram. Estas linhas fazem recordar Camões. Ha n'este tristuras que se manifestam por versos parecidos, mas eu prefiro estes ao tão conhecido soneto da «Alma minha gentil,» etc. Parece denunciar-se n'esta singelesa morbida, se póde dizer-se assim, mais sentimento e espontaneidade.
N'esta difficultosa empreza, demorára-se, sem attender a um vulto, que desembocara da travessa de Santa Thereza, e caminhava para elle, deixando, alguns passos atraz, dous outros vultos parecidos, pelo capote e chapéo derrubado, com os importantes sicarios de qualquer drama em cinco actos. O primeiro dos tres chegou, hombro com hombro, a par do irreflectido Madureira. Que quer aqui o senhor?
Havia dramas intimos em cada consciencia, parecidos com esse, de que Santo Agostinho nos representa o mais elevado typo; havia luctas dolorosas em cada familia; em uns a sêde do martyrio tinha voluptuosidades violentas; em outros a plenitude da paz religiosa attingia uma especie de beatifico esplendor. Que novas sensações de uma intensidade inultrapassavel conheceram então as almas!
No recanto, formado pelo angulo da chaminé, e pelo angulo de um grande armario embocetado, esconde-se, quasi suspensa, uma escada de caracol, toda de pedra, ainda menos mal conservada. Defronte da porta da sahida dois arcos de volta mui baixa, parecidos a bôccas de furna, communicam para a cave e para a arrecadação, ambas subterraneas e extensas.
Tão egual era sempre a dôr que me atormentava, tão parecidos rodavam meus dias, que o verão passou, sem que, olhando para traz, eu pudesse ver na estrada, que andei triste, o marco d'uma alegria, d'um aspecto novo, d'uma miragem na vida.
Mas, senhora, entre os meus correligionarios ha moços mais bem parecidos do que eu. Asseguro-te que nenhum me póde agradar tanto como tu. Sinto isso bem; mas eu é que não posso casar.
Felizmente para o senhor ou para mim... Mas na singelesa do coração, na temperatura do amor, ha-de permittir que sejamos parecidos como Pylades com Orestes... Alvaro. Não temos semelhança nenhuma... Eu não posso brincar com as paixões...
O que diz Camões a quem, depois de o ter lido com olhos de homem de gosto, o relê com olhos de philosopho? Camões, responde o snr. Oliveira Martins, diz-nos o segredo da nacionalidade portugueza. Houve, com effeito, uma nacionalidade portugueza por mais estranha que esta affirmação nos pareça, a nós portuguezes do seculo XIX, que não atinamos a encontrar no presente uma causa vivendi: houve uma razão de ser tanto para as instituições como para os individuos, e uma idéa nacional, espalhada como a alma collectiva por todo este corpo, então vivo e agil. E não só houve uma nacionalidade portugueza, mas essa nacionalidade, superior aos impulsos cegos da raça e á fatalidade da geographia, produziu-se como uma obra do esforço e da vontade, não resultado de obscuros instinctos primitivos, como um facto politico e moral, não como um facto ethnologico. Quando em Hespanha não havia ainda senão catalães, castelhanos, leonezes e navarros; em França provençaes, gascões, borguinhões, bretões; em Allemanha suabos, austriacos, saxões, hanoverianos; em Italia tantos pequenos estados rivaes quantas cidades, e não se fazia bem idéa do que fosse ser hespanhol, francez, allemão, italiano, porque estas palavras França, Hespanha, Allemanha, Italia designavam apenas vagas agrupações naturaes e não grupos organisados em Portugal havia só portuguezes, e ser portuguez tinha uma significação definida e precisa. Este é o grande facto, diz o sr. Oliveira Martins, que faz delle o seu ponto de partida: daqui, a cohesão politica da nação; daqui a sua physionomia moral. Essa cohesão é a unidade; essa physionomia é o patriotismo. O patriotismo, pondera acertadamente o sr. Oliveira Martins, é cousa muito distincta do amor da terra: e o patriotismo, como os portuguezes dos seculos XV e XVI o conceberam, foi um phenomeno moral quasi unico na Europa de então, e que os tornou muito mais parecidos com os romanos antigos do que com os povos seus contemporaneos. O patriotismo é uma idéa abstracta, que excede a capacidade toda sentimental da raça; o instincto naturalista da raça dá o amor da terra; não vai mais além: só a idéa nacional póde dar o patriotismo, comprehendido á romana e á portugueza. O Cid batalha mais de uma vez contra os castelhanos, ao lado dos arabes; o condestavel de Bourbon vira a sua espada aventureira contra a França que o viu nascer; nem por isso deixa o Cid de ser um typo de bravura idealisado pelos hespanhoes, e o condestavel de Bourbon um leal cavalleiro para todos os cavalleiros de França; mas os Pereiras, combatendo ao lado dos castelhanos em Aljubarrota, são malditos, arrenegados; e, mais tarde o Magalhães será portuguez no feito, porém não na lealdade: apostataram da idéa nacional. Eis a grande differença. Esta noção do patriotismo cria uma ordem de sentimentos particulares dos individuos para com a nação, um modo de ser moral peculiar.
Vivendo em uma época em que não havia campeões, guerreiros, nem trovadores para premiar, limitavam-se as meninas a acceitar a côrte dos primos, tambem muito pouco parecidos com os seus cavalleirosos avós, e com a maior candura, que póde medrar na provincia, roubavam umas ás outras os noivos e os namorados.
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