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Atualizado: 22 de outubro de 2025
O conselheiro abysmou deante d'aquelle prodigio de memoria, que com tanta facilidade decorava tão grande porção de nomes! D'alli a momentos entrou a aia de Olympia, participando que a menina ainda teria alguma demora, porque se encontrava um pouco indisposta. Provavelmente ceiou muito.
Maria Olympia não perguntou que cachos eram; eram da viuva do brigadeiro, que os trazia por gosto, e não por moda. Creio que isto se passou em 1853. Maria Olympia leu e releu o bilhete; examinou a lettra, que lhe pareceu de mulher e disfarçada, e percorreu mentalmente a primeira linha das suas amigas, a ver se descobria a autora.
Maria Olympia chegou a suspeital-o; mas a sensação da entrada não lhe deu tempo de examinar a suspeita. Toda a sala voltara-se para vel-a, e ella bebeu, a tragos demorados, o leite da admiração publica. Demais, o marido teve a inspiração machiavelica de lhe dizer ao ouvido: «Antes a mandasses convidar; ficava-nos devendo o favor.» Qualquer suspeita cahiria diante d'esta palavra.
Maria Olympia leu a carta e dobrou-a, sorrindo; ia guardal-a, quando o marido desejou ver o que era. Você sorriu, disse elle gracejando; ha de ser algum epigramma commigo. Qual! é um negocio de moldes. Mas deixa ver. Para que, Eduardo? Que tem? Você, que não quer mostrar, por algum motivo ha de ser. De cá. Ja não sorria; tinha a voz tremula. Ella ainda recusou a carta, uma, duas, tres vezes.
Se teu pae se demora mais dez minutos, vou ao hospital, disse D. Maria Egypciaca. Se o criado se demora mais cinco minutos, vou ao hospital ver se me dão alguma coisa de comer, tartamudeou Olympia com visivel inquietação! Ao terminar estas palavras abriu-se a porta e entrou Tristão acompanhado pelo visconde. Não me tornes a apparecer tão tarde, disse D. Maria Egypciaca voltando-se para o marido.
Não falte pois, accrescentou ella extendendo a mão ao conselheiro, que foi recuando sem descravar os olhos de Olympia, até que se retirou. Até que vês as tuas esperanças realizadas, disse a condessa de S. Luiz voltando-se para sua filha.
Uma d'ellas, Magdalena, é um anjo de bondade e formosura. E a outra? Olympia? Também não é feia, mas é muito gorda. Essa representa o estomago, e a sua irmã o coração. Magdalena ama, suspira e desfaz-se em sentimento. Olympia come, dorme, e emquanto dorme sonha no que ha de comer ao despertar. Afóra isso, é uma creatura esplendida. Eis a mulher que me convinha, disse o conselheiro.
Quando se realisará esse casamento? perguntava todos os dias o conde de S. Luiz. Brevemente, respondia-lhe Magdalena! Instigado pelos conselhos do visconde, e pela persistente côrte que D. Olympia lhe dirigia, o conselheiro resolveu se emfim a pedir aos condes a mão de sua filha. Eram duas horas da tarde.
Já então, prosperando-lhe o escriptorio, dava o Galvão partidas e jantares, iam a bailes, theatros, corridas de cavallos. Maria Olympia vivia alegre, radiante; começava a ser um dos nomes da moda.
Que bem que alli cheira, dizia Olympia dirigindo-se para sua irmã e aspirando os aromas culinarios que rescendiam no corredor por onde atravessavam. Provavelmente foi algum hospede que mandou vir o jantar ao seu quarto. Quem me dera fazer o mesmo!
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