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Atualizado: 22 de outubro de 2025
Confesso-te que já não tenho outra distracção senão a meza. Seria capaz de me casar não pelo coração mas sim pelo estomago! Que verdadeiro achado seria para mim essa Olympia! Uma mulher com bom paladar, que deve infallivelmente saber fazer muito bons doces. Que dorme muito e que come muito! Mas tu d'antes não eras assim! disse o visconde accendendo um charuto.
Segundo havia combinado com a condessa, o conselheiro ás cinco horas da tarde foi procurar o conde de S. Luiz. Este parecia ouvil-o sem lhe prestar attenção alguma; porém, graças á sua esposa, declarou por ultimo que não tinha duvida em conceder-lhe a mão de Olympia. João Poderosa exultou de alegria!
Maria Olympia pensou naturalmente na primeira noite do Cassino; e a tia, vendo-lhe o desejo, quiz comprar a joia, mas era tarde, estava vendida. Veiu a noite do baile. Maria Olympia subiu commovida as escadas do Cassino. Pessoas que a conheceram n'aquelle tempo, dizem que o que ella achava na vida exterior, era a sensação de uma grande caricia publica, a distancia; era a sua maneira de ser amada.
Olympia detesta os livros, tem-lhes um odio de morte! Lá quanto a isso, parece-se commigo. Foi coisa que nunca pude supportar! Olympia, o seu maior prazer é fazer pudins e fructas de compota. O conselheiro, olhando estupefacto para aquella Niagára de eloquencia, debalde esperava o ensejo favoravel para lhe dizer o fim que alli o havia trazido. A condessa não lh'o permittia!
O fidalgo vinha pallido como uma estatua. Que temos! Meu Deus! Como vens perturbado! acudiu o conselheiro fitando o rosto do seu amigo. Uma grande desgraça! Uma grande fatalidade! exclamou o visconde. Uma grande desgraça?! Uma grande fatalidade?! Venho agora mesmo de casa do conde de S. Luiz, e... Morreu Olympia de alguma indigestão?... Peior! tartamudeou o visconde, sentando-se n'uma othomana.
O seu olhar é triste, mas resignado como o de sua filha. Olympia ao fundo do quarto, sentada n'um sophá tapa os olhos com um lenço de assoar, mastigando occulta e prestidigiosamente, umas bolachinhas de agua e sal.
Ora essa! respondeu a criada de Olympia; acaba agora mesmo de ir para o paço, afim de agradecer a sua magestade. E Olympia? Sua irmã está lá em cima na casa de jantar a comer umas gallinholas, que até dá nauseas a quem vê similhante coisa! Mandou fazer umas torradas, e deitar sobre ellas o miolo das tripas. Já viram maior porcaria?
O conselheiro curva o busto, e salva os despojos farinaceos que se preparavam para fazer as delicias da mastigação da sua futura esposa! No momento em que o conselheiro principiava o seu dialogo com Olympia, Magdalena, que havia chegado o rosto aos labios de seu pae, volta-se para a condessa. Esta pergunta lhe o que deseja.
Junta a todas essas qualidades, um dote de trezentos a quatrocentos contos de réis. Que tal, hein? Agora só te peço uma coisa: se á força da tua vontade, ajudada pelos meus esforços, conseguires realizar este sonho... Dirás. Has de fazer um novo fardamento ao teu guarda-portão. Approvo e desde já t'o prometto! Se Olympia fôr minha, o meu guarda-portão terá outro fardamento.
O conde ficou em estado de profunda atonia. Não se ouvia um ruido. Apenas o estremecimento da prece passando pelos labios descorados de Magdalena. Como tudo isto estivesse em socego entraram no quarto a condessa, Olympia, o conselheiro e o visconde de Coruche. Seguiam n'os o commendador e o banqueiro. Dorme tranquillo! disse o visconde olhando na direcção do leito.
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