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Mas quem se assenta em riba estranha, Longe dos seus, tem inda a lembrança: E inda no peito deixa Deus a esprança A quem á noute chora em erma penha. ! Não o é quem possue na terra um laço Um que seja que o prenda a este fadario, Uma crença, uma esprança... e inda um cuidado. Mas cruzar indifrente inertes braços, Mas passar entre turbas solitario, Isto é ser , é ser abandonado.

Que importa? se inclemente Essa hora em que a esprança nos consiste, Chega... é presente... e á dor assiste?! Assim, onde é a esprança que não mente? Desventura ou delirio? O que procuro, Se me foge é miragem enganosa, Se me espera peór, espetro impuro. Assim a vida passa vagarosa: O presente a aspirar sempre ao futuro, O futuro uma sombra mentirosa. Por que descrês, mulher, do amor, da vida?

Como nuvem que o vento impele... e passa. Que arrojemos de nós quem mais se abraça, Com mais ancia, á nossa alma! e quem devora D'essa alma o sangue, com que mais vigora, Como amigo comungue á mesma taça! Se em silencio sofrer fôra vingança!... Envolve-te em ti mesmo, ó alma triste, Talvez que sem esprança haja ventura!...

Tendo seu fim terão o seu começo, Para não mais findar, nossos amores. A José Felix dos Santos. Sempre o futuro! sempre! e o presente Nunca! Que seja esta hora em que se existe D'incerteza e de dor sempre a mais triste, E nos farte a esprança um bem ausente! O futuro!

Renasço, amigos, vivo! Ha pouco ainda Disse ao viver «afunde-te no nada!» E , bem vedes, surjo á luz dourada No labio o rir, no peito esprança infinda Ah, flor da vida! flor viçosa e linda! Envolto na mortalha regelada Do pensar perdão! foste olvida... Flor do sentir e crer e amar... bem vinda! A vida! como a sinto, ardente, imensa! Não unica! tomando a imensidade!

E nessa luz, a alma que chora D'um brilho augusto se illumina, Como uma esprança ou uma aurora, Em cuja luz, a alma que chora D'um brilho augusto se illumina... E ao nosso olhar, d'entre cyprestes, Estrellas novas apparecem... Sois vós talvez, almas celestes, D'entre pinheiros e cyprestes, Essas estrellas que apparecem... A meu irmão, Julio de Castro Feijó

A Santos Valente. Estreita é do prazer na vida a taça: Largo, como o oceano é largo e fundo, E, como ele, em venturas infecundo, O calis amargoso da desgraça. E comtudo nossa alma, quando passa No pregrinar da vida pelo mundo, Prazer pede á vida, amor fecundo, Com esta unica esprança se abraça.

Palavra Do Dia

lodam

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