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A fórma de alimentar o fogo desta fornalha, he lançar-lhe dentro hum páo, que tenha até seis pollegadas de diametro, pouco mais, ou menos, com oito palmos de comprido, cuja ponta se faz chegar até ao resalto, e alguns feixes de bagaço; este páo se puxa com hum gancho de ferro, a chegar a ponta a cobrir a communicação do cinzeiro, com a fornalha, á proporção, que o fogo a devora; e assim se continua, A Estampa mostra tambem o fogo.

Então as almas voltam-se para a casa de Deus na terra, para a igreja acolhedora e apasiguadora, na anciosa esperança de ahi vivêrem mais plenamente o sonho de universal fraternidade que as devora. Em breve a estreita nave románica se torna insuficiente para contêr a multidão, que ao assalto da felicidade confiada e alegremente avança.

Quando a sombra, quando a noite Dos altos céus vem descendo, A minha dôr, Estremecendo, acórda... A minha dôr é um leão Que lentamente mordendo Me devora o coração. Canto e chóro amargamente; Mas a dôr, indiferente, Continúa... Então, Febríl, quase louco, Corro a ti, vinho louvado! E a minha dôr adormece, E o leão é socegado. Quanto mais bêbo mais dórme: Vinho adorado, O teu poder é enorme!

Como nuvem que o vento impele... e passa. Que arrojemos de nós quem mais se abraça, Com mais ancia, á nossa alma! e quem devora D'essa alma o sangue, com que mais vigora, Como amigo comungue á mesma taça! Se em silencio sofrer fôra vingança!... Envolve-te em ti mesmo, ó alma triste, Talvez que sem esprança haja ventura!...

Esse riso argentino, que Rousseau ouviu talvez trepado ainda na ceregeira, oiço-o eu a cada instante nos labios, que poderiam matar com duas palavras meigas esta sêde que me devora. E essas duas palavras ainda ninguem as proferio? Ninguem, respondeu Frederico suspirando. E com tudo, tornou Lucinda, conheço eu uma pessoa em cujos labios ellas fermem. E quem é essa pessoa? perguntou elle ancioso.

Foi fatal aquelle instante, Para ti fatal, embora, Tu viveste numa hora, Inteira toda uma vida Do mais delirante amor; Porque a tua alma, querida, Quando deveras se inflamma, Devora co'a sua chamma O prazer até á dor! Duas lagrimas brilhantes De teus olhos deslisaram, Quando nos meus se cravaram Formosos e scintillantes.

Quem me déra voar aonde agora Me leva o pensamento! Iria aos braços teus buscar allivio Á dor que me devora! Iria juncto a ti viver feliz Como vivêra outr'ora! Prouvéra a Deus, que eu podesse, Atravessando os espaços, Ir fazer-vos mil carinhos, Cingir-vos em doces laços; Cobrir-vos-hia de beijos, Mitigando a minha dor: Oh! então mostrar-vos-hia Quão intenso o meu amor!

Vae-te na aza negra da desgraça, Pensamento de amor, sombra d'uma hora, Que abracei com delirio, vae-te, embora, Como nuvem que o vento impelle... e passa. Que arrojemos de nós quem mais se abraça, Com mais ancia, á nossa alma! e quem devora D'essa alma o sangue, com que vigora, Como amigo commungue á mesma taça! Que seja sonho apenas a esperança, Emquanto a dor eternamente assiste.

Entre os hydrophobos de e os hydrophobos de , ha, com effeito, muita differença. Alguns brazileiros, não satisfeitos com os insultos que nos dirigem, lançam mão do punhal e do trabuco homicida, para satisfazer o odio de raça que os devora; os portuguezes, depois dos insultos é que usam do direito de represalia, pedindo á imprensa o que lhes nega o governo brazileiro.

Tres dias depois, quando veio a minha casa, não viu ella em mim mudança alguma. A colera, a pouco e pouco, enchera-me de suas fezes a alma; mas dôr era esta que simulava a quietação da paz. Com apparencias de socegado, sentia-me ferido de morte. Golpeado no coração, conservava o meu aspecto antigo, como aquelles fructos escarlates cuja pele fina e tenra cobre carne que devora um verme invisivel.