Vietnam or Thailand ? Vote for the TOP Country of the Week !

Atualizado: 20 de julho de 2025


Mas tu, miseravel canalha, tu, concebido no monturo e dado á luz no cano do esgoto, tu que não conheceste pae nem mãe, producto espontaneo da grande immundice anonyma, apparecido como a flor da febre á superficie do pantano, tu que não recebeste baptismo, nem confirmação, nem ordem, nem matrimonio, nenhum finalmente d'esses preciosos beneficios que abrem o céo e que a igreja confere por uma tarifa de preços superiores aos teus capitaes, tu, não tinhas no cemiterio de Lisboa senão um logar usurpado, roubado indignamente ás pessoas de bem. Estoiraste para um canto no enchurro em certa noite de inverno. Viveste e morreste fóra dos sacramentos da nossa Santa Madre Igreja.

Tens talhado a teu modo a Sociedade! E por isso o infeliz que te condemne; Ensanguentaste as mãos da Mocidade, Nunca amaste o Direito ou a Equidade, Matas Vallès...... Deixas viver Bazaine. Tu viveste contente e agasalhado Entre os brilhantes, e as visões do gaz! Bem te importava a neve... e o ar gelado, O Frio e a Fome...

Tu, que enternecido paraste deante d'um sitio recolhido e simples, deante das desgraças alheias, tu, pobre, que tombaste na cóva desprezado, rôto, e a quem a terra recebe como a um amigo, tu que adormeceste no derradeiro somno quasi consoladoramente, como morre tudo o que é simples, tu viveste... Communicaste pela piedade e pela emoção, com a natureza inteira e o teu amor repartiste o pelos mundos que rolam no infinito, por Deus, pelo homem, pela pedra.

Estás na logica do teu destino, que é a revolta. Viveste longe das estreitas conveniencias humanas, morres em plena liberdade da natureza.

Talvez te esquecesses, ó bonina, Que viveste no campo commigo, Que te osculei a bocca purpurina, E que fui o teu sol e o teu abrigo. Que fugiste commigo da Babel, Mulher como não ha nem na Circassia, Que bebemos, nós dois, do mesmo fel, E regámos com prantos uma acacia.

Eu estimei e respeitei sempre a D. João de Portugal; honro a sua memória, por ti, por elle e por mim; e não tenho na consciencia por que receie abrigar-me debaixo dos mesmos tectos que o cobriram. Viveste alli com elle? Eu não tenho ciumes de um passado que me não pertencia. E o presente, esse é meu, meu so, todo meu, querida Magdalena... Não fallêmos mais n'isso; é preciso partir, e ja.

Outro tambem compozeste quando estiveste na côrte; e, por não seguir o norte com que por navegaste, por indiscreto, ficaste tambem manifesto á morte . Ao mesmo E que de tal maneira te quizeste manifestar, sabe-te determinar n'esta hora derradeira: não sendo tal a cegueira com que até agora viveste, se no que compozeste te mostraste declarado, hoje que és degolado sente o mal que te fizeste.

Aqui, por estes vales de alegria Emquanto tu viveste, E agora escuras, êrmas terras de elegia Batidas do nordeste, Eu ando á minha sombra redusido E mais a tua Imagem. E quem nos , de longe, diz entristecido: Dois Espectros, além, vagueando na Paisagem...

Adivinho-me junto de ti na primeira hora em que viveste, aquella em que odiaste outra luz, e exclamo: Ahi está a Artista, uma Raça que vae chorar, cantando; recemnasceu o crepusculo do grande povo, aquelle que viveu madrugadas e vae morrer Poeta, amortalhado na sua alma de sombra.

Foi fatal aquelle instante, Para ti fatal, embora, Tu viveste numa hora, Inteira toda uma vida Do mais delirante amor; Porque a tua alma, querida, Quando deveras se inflamma, Devora co'a sua chamma O prazer até á dor! Duas lagrimas brilhantes De teus olhos deslisaram, Quando nos meus se cravaram Formosos e scintillantes.

Palavra Do Dia

derretendo

Outros Procurando