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N'um arranco de ternura, eu ia ajoelhar-me á beira do seu peito. E vinha logo a dura, a regelada palavra: Está quieto, carraça! E recusava-me sempre o seu carinho. Dizia-me: «não posso, estou com aziaDizia-me: «adeus, tenho a dôr na ilharga

Renasço, amigos, vivo! Ha pouco ainda Disse ao viver «afunde-te no nada!» E , bem vedes, surjo á luz dourada No labio o rir, no peito esprança infinda Ah, flor da vida! flor viçosa e linda! Envolto na mortalha regelada Do pensar perdão! foste olvida... Flor do sentir e crer e amar... bem vinda! A vida! como a sinto, ardente, imensa! Não unica! tomando a imensidade!

E essas memorias tristes Minha alma laceraram; E a senda da existencia Bem agra me tornaram: Porém nem sempre ferreo Foi meu destino escuro; Sulcou de luz um raio As trévas do futuro: Do meu paiz querido A praia ainda beijei; E o velho castanheiro No valle ainda abracei! Nesta alma regelada Surgiu ainda o goso; E um sonho lhe sorriu Fugaz, mas amoroso.

O infeliz e o feliz dormem ambos, Tranquillamente: e o trovador mesquinho, Que peregrino vagueiou na terra, Sem encontrar um coração ardente Que o entendesse, a patria de seus sonhos, Ignota, por busca; e quando as eras Vierem juncto ás cinzas collocar-lhe Tardios louros, que escondera a inveja, Elle não erguerá a mão mirrada, Para os cingir na regelada fronte.

Apertou silenciosamente as mãos em redor e emquanto os cavalheiros recolhiam á cidade, o padre Amaro foi trotando pela estrada, que escurecia, para a estação de Chão de Maçãs. Ao outro dia, pelas onze horas, o enterro d'Amelia sahiu da Ricoça. Era uma manhã aspera: o céo e os campos estavam afogados n'uma nevoa pardacenta; e cahia, muito miuda, uma chuva regelada.

A lua pareceu-me regelada. Betty entrou. Betty, disse-lhe eu n'uma voz sumida, sabes? Tenho medo de morrer doida... Ella olhou-me, e viu no meu rosto uma tal expressão d'angustia, que me disse: Que tem, meu Deus, que tem? Chore, minha rica menina, chore... Não posso, não posso. Eu morro... Vem para o de mim, Betty!... Meu Deus, quer-se deitar? diga...

E debaixo, dos valles, subia, desgarrada e melancolica, uma voz de pegureiro cantando. Jacintho caminhou lentamente para o poial d'uma janella, onde cahiu esbarrondado pelo desastre, sem resistencia ante aquelle brusco desapparecimento de toda a Civilisação! Eu palpava a enxerga, dura e regelada como um granito de inverno.

Nesta alma regelada Surgiu ainda o goso, E um sonho lhe sorriu Fugaz, mas amoroso. Oh, foi sonho da infancia Desse momento o sonho! Paz e esperança vinham Ao coração tristonho. Mas o sonhar que monta, Se passa, e não conforta? Minh' alma deu em terra, Como se fosse morta. Foi a esperança nuvem, Que o vento some á tarde: Facho de guerra acceso Em labaredas arde!

Envolto na mortalha regelada Do pensar perdão! foste olvidada... Flor do sentir e crêr e amar... bem vinda! A vida! como a sinto, ardente, immensa! Não unica! tomando a immensidade! Livre! perante Deus surgindo forte! Que amor! que luz! que pira vasta, intensa! Plenitude! harmonia! realidade! Mas melhor que tudo isto é sempre a morte!

O infeliz e o feliz dormem ambos, Tranquillamente: e o trovador mesquinho, Que peregrino vagueou na terra, Sem encontrar um coração de fogo, Que o entendesse, a patria de seus sonhos, Ignota, por busca; e quando as eras Vierem juncto ás cinzas collocar-lhe Tardios louros, que escondêra a inveja, Elle não erguerá a mão mirrada, Para os cingir na regelada fronte.