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Atualizado: 12 de junho de 2025


Está claramente photographada n'estes periodos a ancia, a febre, a aspiração, o espirito de justiça e verdade, a coragem, o esforço, a persistencia de Lopes de Mendonça. Queria elle, aquelle espirito poderoso que sahisse da espuma da revolução a verdadeira liberdade politica como tinha sahido Venus moderna, a verdadeira liberdade litteraria.

Como a espuma batida Que a rocha escarra no mar E a onda depois atira, Com escarneo, por esse ár; Como os grôus em debandada Ao partir-se-lhe a cadeia: E o torvelinho que atira No deserto os grãos de areia;

A ourina que traz luz como lanterna, denota indisposição no baço, boa disposição no que tiver quartans. A ourina côr de açafrão, quando está espessa, meia negra, que tem mau cheiro e alguma espuma, demonstra etericia. A ourina rosada, ou meio rosada, que na região inferior traz umas resoluções redondas, brancas em cima, e um tanto grossas, é signal de febre hectica.

Pelas janellas, abertas de par em par, entrava uma aragem fresca e quasi perfumada, tanto as flôres do jardim embalsamavam o aposento n'aquelle dia lindo. Avistava-se ao longe o rio, d'aguas tranquillas, e para além da barra, empennachado de fumo, um navio cortava as aguas, sem estremeções, deixando atraz de si, como uma passadeira de rendas, um largo traço de espuma.

Quando chegou ao cimo da serra, viu o Bugio rodeado de espuma e as ondas cahindo d'alto, por detraz, ao da Costa. Diabo do inverno! Começava cedo. O sol descia. O José parou um bocado a vel-o mergulhar na espuma. Começou soprando mais rijo o vento, e, quando o sol desappareceu, fechava o horizonte uma lista negra, franjada de oiro, que ameaçava engrossar. Pois paciencia!

E em breve boiava um tenue vulto branco No mar onde fluctua o espirito de Deus! Mais tarde á beira-mar chegava a pura imagem Da mais casta mulher que em vida pude ver. Detinha-se distante: a espuma da voragem meia extenuada aos pés lhe ia morrer! O immenso mar, porém, crescia a cada instante Mais turvo e mais veloz! depois... Não quiz vêr mais.

Aquelle tibio da luz; aquelle horisonte dourado e bordado de nuvensinhas diaphanas côr da espuma dos mares; aquelle hymno immenso da terra, que se vai perdendo, perdendo ao longe por seios de cavernas; aquelle vôo da ave, que nos passa por cima da cabeça ao ir aninhar-se na roupagem da montanha; aquelle canto da zagala, que vem do prado com os seus cordeirinhos tão alvos como ella; aquellas brizas perfumadas, que então andam a folgar nas aguas do rio, ou na relva das margens, e que nos vêm depois roçar as faces com a ponta da aza melindrosa; aquelle rugir da folha secca e caída debaixo dos pés do viandante cançado; aquellas vozes confusas que se escutam no casal, que augmentam, que diminuem, que recrescem, e finalmente morrem no silencio; aquelle agoireiro latir do lebreu repetido pelos echos do valle; aquelle fatigado carpir do carro ao longe ao subir das encostas; e o sino da aldêa, que no alto da serra está assentada, como pastorinha esquecida a meditar amores; e os céos azulados a vestirem pouco a pouco o manto das sombras; e as sombras a desdobrarem-se nos campanarios; e os campanarios a perderem-se da vista; e a vista a resumir-se no coração; e o coração a afogar-se inteiro no saudoso da tarde, e a tarde com todas as suas galas.... oh! como tudo isto falla á alma uma linguagem ignota, e a deixa naquelle estado scismador em que as lagrimas são mais doces do que os risos do prazer!

E de noite iam vêr, sós, as mãos nas cintas, muitas vezes os braços se uniam a fosforescencia que se levantava na prôa, brilhante, n'uma espuma fina, como uma poeira de mica.

O antigo poeta satanico, transformado em um nihilista, vemol-o agora na pelle de um pessimista systematico, sorrindo bondosamente, com a ironia n'esses proprios labios que, primeiro cobertos de espuma, depois nos appareciam brancos de agonias. Não tinha eu razão para chamar cyclica a esta collecção de sonetos?

Tenho-te medo, embora ignoto amor me traga Preso a ti, como o feto ao seio em que germina... Foi por ventura o sol, da espuma d'uma vaga, Ou Deus que te creou d'uma essencia divina? Que importa? D'onde quer que o teu sorriso veio, Quem quer que sejas, flôr d'inefavel deleite, D'ódio ou de fel, és sempre o mesmo augusto seio Em que a Dor e o Prazer bebem o mesmo leite!

Palavra Do Dia

carôço

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