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Atualizado: 6 de junho de 2025
Como o sacerdocio perpetuou estas tradições A par e passo que a humanidade se illustra, vemos adoçarem-se por toda a parte as leis e os costumes; as religiões, porém, essas não: antes querem morrer que mudar; conservam como deposito precioso e inviolavel doutrinas antiquadas sem parentesco com as idêas e as necessidades das sociedades novas. Continuam a prégar aos povos policiados deoses ferozes.
Que o gran Senhor & fados que destinão, Como lhe bem parece, o baxo mundo, Famas mores que nunca determinão De dar a eſtes baroẽs no mar profundo: Aqui vereis o Deoſes como inſinão O mal tambem a Deoſes. que a ſegundo Se ve, ninguem ja tem menos valia Que quem com mais razão valer deuia.
Minha bella Marilia, tudo passa; A sorte deste mundo he mal segura; Se vem depois dos males a ventura, Vem depois dos prazeres a desgraça. Estão os mesmos Deoses Sujeitos ao poder do impio Fado: Apollo já fugio do Ceo brilhante, Já foi Pastor de gado. A devorante mão da negra Morte Acaba de roubar o bem, que temos; Até na triste campa não podemos Zombar do braço da inconstante sorte.
Desce do ceo immenso Deos benino Para encarnar na Virgem soberana. Porque desce o divino a cousa humana? Para subir o humano a ser divino. Pois como vem tão pobre e tão menino, Rendendo-se ao poder da mão tyrana? Porque vem receber morte inhumana Para pagar de Adão o desatino. He possivel que os dous o fructo comem Que de quem lhes deo tanto foi vedado? Si; porque o proprio ser de deoses tomem.
Quer logo aqui a pintura que varîa, Agora deleitando, ora inſinando, Darlhe nomes, que a antiga Poeſia A ſeus Deoſes ja dera, fabulando: Que os Anjos de celeſte companhia Deoſes o ſacro verſo eſtâ chamando, Nem nega que eſſe nome preminente, Tambem aos maos ſe d
Com vista incerta, os olhos vidracentos, Trémula a voz, sem côr, já sem alentos, Exclama, em fim, nas mãos da morte feia: "Valei-me, Ceos, adeos ó Galatéa. E soltando hum suspiro, os olhos serra: Ferindo as plantas, magoando a terra. Oh Deoses!
Quem ha que veja aquelle, que tão clara Teve a vida, qu'em tudo por perfeito O proprio Momo ás gentes o julgára, Inda quando lhe visse aberto o peito, Se a má Fortuna, ao bom somente avara, O reprime, e lhe nega seu direito, Que lhe não fique o peito congelado, Por mais e mais que seja exprimentado? Democrito dos deoses proferia Que erão sós dous; a Pena, e o Beneficio.
Erão ja neſte tempo meus Irmãos Vencidos & em miſeria estrema poſtos, E por mais ſegurarſe os Deoſes vãos Algũs a varios montes ſottopostos: E como contra o Ceo não valem mãos, Eu que chorando andaua meus deſgoſtos, Comecey a ſentir do fado imigo Por meus atreuimentos o caſtigo.
FRONDOSO. A mi não me faltava o que se preza Entre os celestes deoses, que formárão A tua mais que humana formosura: Em mi os voluntarios ceos faltárão; Em mi se perverteo a natureza D'huma cruel formosa creatura. Mas, pois, Belisa dura, Que do mais alto ceo a nós vieste, E em teu peito celeste Hum tal contrário pôde aposentar-se, Não he contrário achar-se Tamanha fé tão mal agradecida.
Ah, Marilia, que tormento Não tens de sentir saudosa! Não podem ver os teus olhos A campina deleitosa, Nem a tua mesma Aldêa, Que tyrannos não proponhão Á inda inquieta idéa Huma imagem de afflição. Mandarás aos surdos Deoses Novos suspiros em vão. Quando levares, Marilia, Teu ledo rebanho ao prado Tu dirás: aqui trazia Dirceo tambem o seu gado.
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