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Atualizado: 3 de julho de 2025
Nova e maior alegria foi ainda quando chegaram os paes da menina, no louco enthusiasmo de quem chora uma filha morta e a encontra cheia de vida e saude.
Elle que não tem onde cahir morto, chora o pão que tiraria á propria bocca para o dar a outro. Morreu-lhe hontem.
Quando, em 1851, voltou, foi recebido com uma gargalhada. Assucena estava vestida com o seu chambre de cassa branca, e sapatos de duraque em fitas cruzadas nas pernas. Eram trastes dos dezoito annos, conservados ainda nos seus bahús de educanda. O padre respondeu com o pasmo e com as lagrimas á gargalhada. Porque chora? disse ella, com tristeza. Porque choro?
Aprende-se mais depressa a morrer com ruido no meio do fogo e dos alaridos de uma batalha, do que a aguardar o algoz sobre os degraus do cadafalso?... E ninguem sabe melhor se elle póde ferir, e se todos estamos decididos a jogar a cabeça n'esta partida... em que apostámos honra, bens, e vida pela patria... Sei, mas o povo cala-se e obedece. Lisboa chora e supporta. O reino...
Ó Linda, tu não tens pena de mim? não chores!... Ou chora, chora, se te faz bem chorar; mas... fala, dize-me o que tens, dize-me por que choras, filha... Então? E com voz trémula, com as mãos unidas e o susto no gesto, como no coração, o pobre homem quasi ajoelhava a implorar da filha a explicação d'aquelle doloroso mysterio.
Longe, longe d'aqui, nas costas da Bretanha, Poetico paiz, que um mar sinistro banha, Vivia, ha muito tempo, um pobre pescador, Que se chamava Amel, com a mulher Pennor. Tinham elles um filho, uma creança loura, Um anjo, que o porvir dos paes inflora e doura; Ao voltarem a casa, alegres, todos tres, Na praia os surprende a noite de uma vez. Crescia o mar veloz, medonho, ingente, forte! N'esse tempo as marés eram vivas. A morte Sobre as ondas boiava, indomita, cruel! Olhando para a esposa, assim lhe diz Amel: «Pennor, vamos morrer! A vaga se aproxima! Viverás mais do que eu! Animo! Sobe acima Dos hombros meus, mulher. Pousa-te bem. Assim. E, ao veres-me sumir... ai, lembra-te de mim!» Pennor obedeceu. Firmando-se na areia, Desapparece Amel na vaga, que o rodeia. «Amel! bradava a esposa; ai, pobre amigo meu! Qual de nós soffre mais? tu, que morres, ou eu, Que te vejo morrer?» E as aguas, que subiam, O corpo da infeliz no vortice envolviam. Olhando para o filho, assim lhe diz a mãe: «Filho, vamos morrer! Olha a maré que vem! Viverás mais do que eu! Vá! filho, vá! coragem! «Sobe aos meus hombros, sobe! e ao tragar-me a voragem, Ai, lembra-te de mim e de teu pobre pae!» E o mar a submergiu. Chora a creança e vae Pouco a pouco afundir-se. Á flor da agua revolta, Apenas já fluctua a trança loura e solta... ...Uma fada passou sobre o affrontado mar; Viu o cabello louro, em baixo, a fluctuar; Estende a mão piedosa e, segurando a trança, Com ella attrahe a si a pallida creança. E, sorrindo, dizia: «Ai, que pesada que és!» Mas viu cêdo a razão; inda segura aos pés Do filho estremecido, a pobre mãe começa A erguer tambem da onda a humida cabeça. Sorriu a boa fada, ao ver assim os dois, E repetiu ainda: «Ai, que pesados sois!»
«Em todos os tempos a poesia tem sido a expressão dos sentimentos profundos da humanidade; chora com as suas dôres, e é ella que vae ao sepulchro das nações proferir o Surge et ambula á raça supplantada pela pressão dos despotas.
O Amor faz de Ignez um anjo, e é ainda pelo anjo, que voou, que a pequena fonte da margem do Mondego chora lagrimas de casta saudade. Petrarcha não pôde esquecer n'este poetico seculo do Amor. Elle representa o mais puro, o mais santo, o mais ideial amor que é dado conceber-se: o amor sem esperança.
Sei que terminei a leitura da carta, já quando os olhos mal discriminavam as letras. Como a gente, ás vezes, chora?... Era o estylo! Sorriu Affonso do meu melindroso sentimentalismo, retorceu destrahidamente os longos bigodes por sobre a barba listrada de fasciculos brancos, afogueou o seu cachimbo de barro negro, e continuou: «Eu é que verdadeiramente chorava, quando acabei de lêr esse papel.
A pequenita não chora, mas tem o coração cheio de lagrimas. «Tambem a ti lhe digo-eu tambem te fazem soffrer!» N'este meio tempo, ella rompe em soluços, por que lhe faltou a coragem.» Os seus ultimos momentos foram para a sua alma e para a sua familia. Está revestido d'uma resignação providencial. Vai morrer, porque deve morrer. Não treme.
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