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Atualizado: 7 de junho de 2025
Os paquetes que entram de manhã na barra Trazem aos meus olhos comsigo O mistério alegre e triste de quem chega e parte. Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos Doutro modo da mesma humanidade noutros portos. Todo o atracar, todo o largar de navio,
Sózinho, no cais deserto, a esta manhã de verão, Ólho pró lado da barra, ólho pró Indefinido, Ólho e contenta-me vêr, Pequeno, negro e claro, um paquete entrando. Vem muito longe, nítido, clássico
Mas quando nos apeamos no pequeno cais branco e fresco só houve em tôrno de nós solidão e silêncio. Nem procurador, nem cavalos! O chefe da estação, a quem eu perguntara com ansiedade «se não aparecera ali o snr. Sousa, se não conhecia o snr. Sousa», tirou afavelmente o seu boné de galão.
Na minha imaginação êle está já perto e é visível Em toda a extensão das linhas das suas vigias, E treme em mim tudo, toda a carne e toda a pele, Por causa daquela criatura que nunca chega em nenhum barco E eu vim esperar hoje ao cais, por um mandado obliqùo.
Parece ter um certo escrupulo não sei em quê, ser pessoa honesta, Cumpridora duma qualquer especie de deveres. Lá vai êle deixando o lugar defronte do cais onde estou. Lá vai êle tranquilamente, passando por onde as naus estiveram Outrora, outrora... Para Cardiff? Para Liverpool? Para Londres? Não tem importancia. Ele faz o seu dever. Assim façamos nós o nosso. Bela vida! Boa viagem! Boa viagem!
Isso, ao menos, tê-lo-hemos! Da lucta Sabe Deus qual a sorte será: Mas á sombra do teixo da infancia O proscripto infeliz dormirá. Cáis em pó o mosteiro; e maldicto O que ergue-lo outra vez intentar, Se não treme ante as núas caveiras, Que insepultas verá branquejar! Já suave a sorte dura Mostra a face ao desterrado: Porque surge ainda a amargura Em seu rosto carregado?
Foi a principal missa dita em Pontifical e mui solemne, e com pregação á partida e auto consoante, acabada a qual, e dada a benção pelo Bispo de Ceuta com muita solemnidade e devoção á Imperatriz, abalaram todos até á porta da Sé, d'onde a Imperatriz com muitas lagrimas se despedio da Rainha que não pôde mais ir, e de hi El-Rei com todolos outros senhores e senhoras se foi com a Imperatriz a pé, até o cais da Ribeira, em que era feita uma ponte de toneis, porque entraram em uma carraca que para ella se armou e concertou em grande perfeição.
E pelas estações e cais de embarque, Os grandes caixotes acumulados, As malas, os fardos pêle-mêle... Tudo inserto em Ar, Afeiçoado por êle, separado por êle Em multiplos intersticios Por onde eu sinto a minh'Alma a divagar!... Ó beleza futurista das mercadorias! Sarapilheira dos fardos, Como eu quisera togar-me de Ti! Madeira dos caixotes, Como eu anseara cravar os dentes em Ti!
Ah, todo o cais é uma saudade de pedra! E quando o navio larga do cais E se repara de repente que se abriu um espaço Entre o cais e o navio, Vem-me, não sei porquê, uma angústia recente, Uma névoa de sentimentos de tristeza Que brilha ao sol das minhas angústias relvadas Como a primeira janela onde a madrugada bate, E me envolve como uma recordação duma outra pessôa Que fôsse misteriosamente minha.
Quem sabe se não deixei, antes de a hora Do mundo exterior como eu o vejo Raiar-se para mim, Um grande cais cheio de pouca gente, Duma grande cidade meio-desperta, Duma enorme cidade comercial, crescida, apoplética, Tanto quanto isso pode ser fora do Espaço e do Tempo?
Palavra Do Dia
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