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Fôra um grande contentamento para D. Leonor, que gostava de Cabril, dos seus viçosos pomares, dos jardins, para onde abriam, rasgadamente e sem grades, as janelas dos seus aposentos claros: ao menos tinha largo ar, pleno sol, e alegretes a regar, um viveiro de pássaros, e tam compridas ruas de loureiro ou teixo, que eram quási a liberdade.

Isso, ao menos, tê-lo-hemos! Da lucta Sabe Deus qual a sorte será: Mas á sombra do teixo da infancia O proscripto infeliz dormirá. Cáis em o mosteiro; e maldicto O que ergue-lo outra vez intentar, Se não treme ante as núas caveiras, Que insepultas verá branquejar! suave a sorte dura Mostra a face ao desterrado: Porque surge ainda a amargura Em seu rosto carregado?

Cansado, o ancião guerreiro, que a existencia Desgastou no volver de cem combates, Ao ver que, emfim, o seu paiz querido não ousam calcar os pés d'estranhos, Vem assentar-se á luz meiga da tarde, Na tarde do viver, juncto do teixo Da montanha natal. Na fronte calva, Que o sol tostou e que enrugaram annos, Ha um como fulgor sereno e sancto.

Ao longo d'esse breve praso, de que nunca me poderei esquecer, foi sempre Maria a melhor metade da minha alma; os olhos e voz para a minha leitura; a mão para a minha escripta; a inspiradora para os meus versos; a conselheira nas minhas incertezas; a vestal para o fogo das minhas pequenas ambições; a socia, a luz, a explicação dos meus passeios; o calor, a fragrancia e a musica da minha poisada; um enxerto da arvore da vida no meu teixo; o ecco do meu coração; o meu estro fóra de mim a mostrar-se-me, a abraçar-me, a não me perder hora nem minuto de dia nem de noite; ella, ufana, de mim como de uma gloria; eu, d'ella encantado como de uma felicidade.

Sobre isto pendurae sonora flauta, que se revolva á discreção do vento. Não cerque os ossos meus, não m'os ensombre, nem teixo nem cipreste; arvores quatro quizera no meu jardim de morte. Alguns tempos depois que a fria terra meus restos encerrar, á minha olaia vós, meus amigos, vós dareis meu nome, pois de mim se nutriu, e eu serei n'ella.

Sobre isto pendurai sonora flauta, Que se revolva á discrição do vento. Não cerque os ossos meus, não mos ensombre Nem teixo nem cypreste; arvores quatro Quizera no meu jardim de morte. N'um canto a laranjeira graciosa, Que mescla util e dôce, a flôr e o fructo: N'outro a figueira sob as amplas folhas Modesta occulte seus nectareos mimos: Defronte um pecegueiro em fructos mostre Que amavel é pudor, quando enche faces De pennugem subtil inda cobertas: No ultimo canto... (a escolha me confunde) Plantai no ultimo canto uma ginjeira,

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