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E que em deliciosissima agonia, Vendo-te os olhos desmaiando Como desmaia o céo á luz do dia, Nas azas da ventura atravessando Os espaços d'um extasi ineffavel Abraçado comtigo fôr voando para onde tudo é bello e estavel! Messines. Dá-me esse jasmim de cera, Minha flôr? Mas e depois se lh'o dera, Meu senhor? Depois? era uma lembrança. Mas de quê? D'uma tão linda criança, se .

Vendo-te, escondem-se as estrellas no firmamento; pállida e fria, a lua afoga-se nas ondas do occidente. Ficas sosinho, ó sol: quem poderia acompanhar-te o curso? Caem os carvalhos das montanhas; as proprias montanhas são minadas pelos annos; o oceano eleva-se e abaixa-se alternadamente; a lua eclipsa-se no fundo dos céus; tu és sempre o mesmo. Alegras-te sem cessar em tua brilhante carreira.

Como tu serias linda alli de uma formosura do céo, Rachel! Qual Magdalena mais linda inventou o buril aos pés da cruz misericordiosa! E se anjo tu eras de purissima alma; se as mesmas lagrimas te depuravam de intenções culposas, que alegria não seria a do teu Creador, vendo-te assim incontaminada, com menos ventura que muitas que não tinham no coração uma fibra incorrupta!

Dizer-te o mais não posso, porque sente Est'alma no que disse tal tormento, Qu'esta memoria apenas me consente. O espirito ja debil, sem alento, No pouco que te tenho referido, Nas azas se sostem do pensamento. Oh mundo! qual he aquelle tão perdido, Qu'em ti crê, qual aquelle tão insano, Vendo-te todo em damno instituido?

Vives esmorecido, e eu esmoreço, Vendo-te com achaque tão profundo, Que pouco figuras neste mundo: Perdeste toda a tua bizarria; As familias perdêrão a alegria; Todos andam de caras tristes, serias, Não ouço senão prantos de miserias: Ficarás com casas, mas sem gente; Pois muitos, de paixão, vão morrendo; Porque com a desgraça não podendo, Caloteão, mendigão, degenerão, E na morte o seu descanço esperão.

Que saudades eu tenho do nosso tempo de collegio! d'aquelles bons serões, que passavamos juntas, quando todas estavam adormecidas, emquanto nós deixavamos divagar a nossa imaginação por todos os assumptos, por todos os sonhos, por todas as phantasias d'este mundo! como eu tenho impressa na memoria a tua palavra eloquente e colorida, e a audacia com que tu, com a superioridade da tua intelligencia, julgavas tudo e te arrojavas aos devaneios mais longos, chegando a assustares-me a mim, pobre criança, timida e fragil, que não ousava seguir-te nos teus vôos, e que ficava, pallida, vendo-te pairar por esses espaços desconhecidos, e contemplando na chamma da tua pupilla um reflexo do fogo intimo, que te devorava.

N'um sorriso cruel, pungente d'ironia, Tambem sabes vibrar, serena, altiva e fria, O latego febril das grandes punições; E vendo-te sorrir, a geração doente, Sentir cuida, talvez, a nota decadente, Das morbidas canções!

Vendo-te nos braços de outra, chorei, é certo, e choro ainda; mas ouvio alguem de mim jámais palavras de censura, ou apenas foi meu pranto silencioso, meus gemidos e suspiros abafados pelo respeito? N

Fóra d'ella nada comprehendia, não pensava em nada. Não tive pois palavra boa que lhe dissesse; satisfiz-me mostrando-lhe receios pela sua tranquilidade. «Teu marido deve suspeitar, vendo-te mudadada; por que tu amaste-o n'outro tempo. A esta monstruosidade, encolheu os hombros, e não enchugou as lagrimas. Roger! Roger disse ella é pena que tu sejas sempre creança. Ouves, e não comprehendes.

Ella, que a Sylvio mais que a si queria, Para podê-lo ver não tinha meio. Ora como curára o mal alheio Quem o seu mal tão mal curar podia? Lindo e subtil trançado, que ficaste Em penhor do remedio que mereço, Se comtigo, vendo-te, endoudeço, Que fôra co'os cabellos que apertaste? E se não for contente o meu desejo, Dir-lhe-hei que nesta regra dos amores Por o todo tambem se toma a parte.

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