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Acerquei-me, portanto, d'aquelle logar; porém, oh! meu Deus!... o que vi eu?!... nem quero que tal cousa me lembre! Amelia, tão formosa outr'ora, como estava mudada!... As rosas das faces tinham-se-lhe seccado profundamente; os olhos encovados, e sem brilho; as palpebras apenas se volviam morbidas, e sem significação. Tudo denunciava terrivel cataclysmo, ruina inevitavel!

A excessiva idealisação na esphera sentimental, o abuso do pensamento, a acceitação simultanea das mais contrarias, das mais oppostas, das mais irreductiveis theorias, a multipla concepção da vida que n'esse desequilibrado de genio se transformou na loucura e na morte: tudo elle analysava, estudava, esclarecia com aquella attenção paciente, com aquella agudeza de intelligencia, com aquelle estranho dom de penetrar e comprehender as almas mais diversas, e até uma alma diversa segundo os momentos, a influencia exterior, as crises morbidas, a propria temperatura physica, com aquella extraordinaria lucidez critica, serena, impessoal que assignala os homens verdadeiramente superiores.

Sim, tu, e não eu, a dever ser algum. Se casas com o dote, começas pelo fim. Devias estudar o archivo do commendador, antes de pôr a sonda ao coração da filha, acho eu. Fallemos serios volveu o galan dos olhos tristes e das palpebras morbidas. Parece-te inutil isto de saber-se com quanto um homem póde contar, quando se constitue chefe de familia? Parece-me util; é sem duvida util mercantilismo.

Dirigindo-se de preferencia ás mulheres, d'uma impressionabilidade mais dolorosa e mais vibratil, d'uma fraqueza organica mais accessivel a qualquer influencia profunda, o que elles fazem é exacerbar-lhes perigosamente a sensibilidade, latente em todo o organismo feminino, e precipital-as n'uma ordem de ideias e de sensações morbidas, que por tenebrosas e desconhecidas, são infinitamente perturbadôras para as infelizes...

Vaes partir! nessas morbidas palpebras, Treme agora uma lagrima anciosa, deslisa na face formosa, teus labios me dizem adeus! Vaes partir! contemplar esses campos, Que o sol vivo de abril illumina, Ver as relvas da alegre campina cobertas agora de flor. Escutar as estrophes sentidas Que de tarde improvisam as aves, Recordar os instantes suaves De outros dias de encanto, e de amor.

Como a symptomatologia e a marcha da doença, a pathogenia d'ella mereceu tambem as attenções de Lasègue. Segundo elle, o delirio procederia sempre da necessidade que o alienado sente de explicar as sensações anormaes do periodo inicial, e resultaria, portanto, de uma consciente elaboração logica. «A crença n'uma perseguição, diz elle, não é senão secundaria; provoca-a a necessidade de dar uma explicação a impressões morbidas provavelmente communs a todos os doentes e que todos referem á mesma causa» . Por um raciocinio, pois, passaria o perseguido do vago mal-estar do periodo prodromico ao delirio systematisado e quasi invariavel que caracterisa a doença em plena floração. O facto inicial seria um phenomeno confuso da sensibilidade, uma perturbação emotiva, o phenomeno intellectual, o delirio, seria ulterior e nascido do primeiro. «

N'um sorriso cruel, pungente d'ironia, Tambem sabes vibrar, serena, altiva e fria, O latego febril das grandes punições; E vendo-te sorrir, a geração doente, Sentir cuida, talvez, a nota decadente, Das morbidas canções!

Quando a aurora era a pura alegria, Uma vaga saudade o sol posto, Quando meigo sorria teu rosto Se eu fitava meus olhos nos teus! Vaes partir! cada instante que passa Aproxima o adeus derradeiro, Para mim neste mundo o primeiro Que teus olhos proferem aos meus! Vaes partir! nessas morbidas palpebras, Treme agora uma lagrima anciosa, deslisa na face formosa, teus labios me dizem adeus!

Bem sei; mas como disse, o acaso ou o quer que fosse Levou-me a um templo pobre e foi n'elle que vi Que ha mendigos do céo, d'olhar sereno e doce, Proletarios do altar a quem ninguem sorri! E ao ver esta humildade, eu tenho d'isto ás vezes, Pensei, não sei porque, nas morbidas vizões Que não passam de ser as filhas dos burguezes Mas de rendas de França enfeitam seus roupões!

As creaturas artificiaes, morbidas, irritantes pelos poderosos contrastes do desvergonhamento da alma e das finas delicadezas da pelle, serão sempre as que dominarão os homens corruptos e que os levarão comsigo.

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