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Ó mantos de veludo esplendido e sombrio, Na vossa vastidão posso talvez morrer! Mas vinde-me aquecer, que eu tenho muito frio E quero asphyxiar-me em ondas de prazer. «Onde é que te nasceu» dizia-me ella ás vezes «O horror calado e triste ás cousas sepulcraes? «Porque é que não possues a verve dos Francezes «E aspiras, em silencio, os frascos dos meus saes?

Tu, meu amigo, que tão bem conheces o coração das mulheres, ainda desconheces o meu, que, no emtanto, possues inteiramente... ou antes, conheces demasiado a esse pobre musculo e é por isso que ás vezes o fazes soffrer bastante. Adeus, meu amor. Trata-te com cuidado e recebe toda a ternura da tua Jorge,

Ficaste ainda assim ao meu abrigo para me acompanhar, Tu agora, talvez unico amigo que sabe o meu penar. Tua dona morreu: não existe quem te affagava emfim; Hoje pobre animal, tu hoje triste me possues a mim. Como tudo mudou, como perdida nos foi a nossa luz; e cada qual de nós em sua lida tem hoje a sua cruz.

Um!... Pois de todas as propriedades, que herdaste, mobilias, ouro, prata... não possues absolutamente nada?!... Nada!... O ouro a que posso chamar meu... e assim mesmo por uma audaciosa figura de rhetorica, porque o não paguei ainda... trago-o aos hombros... são as dragonas! Ah! Então o naufragio foi completo!?... E com que contas para o futuro?... Essa é boa!

Exaltando-se pouco a pouco, mau grado seu: O que possues em ti, Judas, que assim governa O teu entendimento?

O que para ti é um acto natural e facil, é para mim um impossivel, porque se lhe oppõe opiniões, sentimentos, crenças que me são proprias, que fazem parte de mim mesmo, de minha entidade moral, e que tu não possues e de que por ventura te ris. Por isso escusado seria talvez saber do segredo de Bertha mais do que o que ella te revelou.

Ó Hespanha, minha querida amiga, doce filha dos cafés e da volupia, tu, que possues museus que te são um legitimo patrimonio de orgulho e de riqueza; tu, que amamentaste ao teu seio os maiores oradores da Europa contemporanea; tu, que tiveste artistas como Murillo, Velasques, e Goya; tu, que és o amor, a contradicção, o mysterio; tu, minha perola, tu não devias ser torera.

Consente que eu aspire esse perfume raro, Que exhalas da cabeça erguida com fulgor, Perfume que estontêa um millionario avaro E faz morrer de febre um louco sonhador. Eu sei que tu possues balsamicos desejos, E vaes na direcção constante do querer, Mas ouço, ao ver-te andar, melodicos harpejos, Que fazem mansamente amar e elanguescer.

Que pensamento occulto Encerram taes palavras? Será crivel Que te arreceies da imbecil gentalha, Que anda a rosnar as suas ameaças Contra a força que temos, invencivel, Justiceira e tremenda?! E porque não? Onde possues algemas e mordaças Para conter as furias imminentes? Pode acaso fugir-se a uma traição?

Da mais injusta ambição Traz testemunhos fieis; Possues grossos thezoiros, E citas-me por dez reis? Quem do doce Anacreonte Bebeo o estilo divino, Quer prostituir seus olhos Co'as Trovas do Tolentino? Pago, em fim, divida louca; Mas quem quer pontualidade, Cuide tambem em pagar As dividas da Amizade;

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