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A bella alma partiu. No cemiterio de Nossa Senhora dos Prazeres o tumulo N.º 48, convisinho á ermida da Virgem, deixa ler este epitaphio: MONUMENTO DE PERPETUA SAUDADE, CONSAGRADO POR ANTONIO FELICIANO DE CASTILHO A SUA MULHER D. MARIA IZABEL DE BAÊNA COIMBRA PORTUGAL, DIGNA SOBRINHA DE NICOLAU TOLENTINO DE ALMEIDA, E DESCENDENTE DO ANTIGO POETA ANTONIO FERREIRA. NASCÊO NO PORTO A 2 DE JULHO DE 1796 E FALLECÊO EM LISBOA A 1 DE FEVEREIRO DE 1837

Isto está longe de te dizer que vivas descuidado. Aquella cara do conde é um alçapão do inferno. dentro devem existir Ferro, veneno, vibora traidora Cartas da mão de Machivello escriptas, como diz o Tolentino no soneto. «Precavém-te sempre, meu FilippeEsta carta achou banida a desconfiança, e quasi esquecidas as cautelas, afóra as do alcaide, posto que menos solicitas.

E diz com razão que a quintilha, em o verso de sete syllabas, popular, torna-se facil e tão engenhosa que se presta a todas as descripções, a todos os dizeres e locuções particulares da lingua, aos apophtegmas metrificados pela tradição. Como satyras, as Cartas em nada desmerecem ás de Horacio ou de Tolentino.

Bateu aos vossos Portaes Hum morador do outro Pólo; Veio ao Templo de Minerva Dar hum recado de Apollo; Vós sois dos seus obrigados, Bebeis seu licôr divino; Manda que lembreis na Roza O esquecido Tolentino; Sei que alli meu pobre livro Altos Protectores tem; Mas agora se falla Nesta magica Dutein;

Essas lentejoulas que tomam por estrellas, essa missanga que impingem por diamantes, essa baeta vermelha com que arremedam purpura, tudo isso é seu, pertence-lhes... Que digo? Nem isso mesmo! nem na parodia foram originaes; o latego de Nicolau Tolentino flagellava as costas aos patriarchas d'essa escola, no fim do seculo passado.

Atirou-lhe o padre com um punhado de moedas de ouro e o gigante, mirando-as com olhos de cubiça, lançou com prestesa mão d'esse precioso metal que na frase de Tolentino é o tiranno do mundo. Sempre a vossa senhoria conheci generosidade, retorquiu elle correndo a mão esquerda pela desgrenhada cabelladura. Mas d'esta vez, meu padre, bem sabe que tenho de repartir... Cincoenta escudos é pouco.

E Bocage, José Agostinho, Tolentino eram os que representavam a litteratura livre e sem peias; eram os idolos de que o povo sabia os versos e a vida, e se apontavam nas ruas. Esses temperamentos que ficam assignalados n'uma epoca pelo amor, pelo heroismo, pela tristeza, pela infelicidade, Portugal os não podia produzir.

Fez-me lembrar com isto a quadra do nosso Tolentino: Pediu-me certa senhora, Pela qual ainda hoje peno; Que lhe fizesse um soneto Ainda que fosse pequeno.

O poeta ergue-se, e vai fugir com grande escandalo do dono da casa, que naturalmente tem a sorte do boticario de Nicolau Tolentino. Mas... vingança do céo!... aquella mulher ao levantar a mascara arranca do rosto um nariz postiço, e deixa vêr a mais formosa cara que o céo alumia ha seis mil annos!

Nicolau Tolentino, no soneto realista dedicado á conjugicida Isabel Clesse, soneto pouco digno de entrar no seio das familias, e quasi indecente como obra de mestre de Rhetorica deixou, em dois versos, bem definido o methodo de matar clystermente: Que novo invento é este de impiedade Que extirpar gente vem pela trazeira!

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