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Nada! o fundo dum poço, humido e morno, Um muro de silencio e treva em torno, E ao longe os passos sepulcraes da Morte. Na floresta dos sonhos, dia a dia, Se interna meu dorido pensamento. Nas regiões do vago esquecimento Me conduz, passo a passo, a phantasia.

As estatuas, ou os grandes monumentos sepulcraes, se quasi sempre testemunham a vaidade de quem os erige, nunca fazem esquecer os erros do glorificado. O monumento da rainha D. Leonor está no coração dos povos de Portugal, que tantos beneficios teem recebido e continuam a receber das Misericordias.

A espaços da profunda e tragica nudez D'uma choupana irrompe um grito de viuvez, Um clamor de orfandade... E o sino chora então Lagrimas sepulcraes de bronze na amplidão. A colera de Deus, cujo olhar encendeia, Correu como uma loba hidrophoba na aldeia. Não ha lume no lar, nem ha pão nos armarios.

Apesar da tradição corrente e escripta, que affirma haver na de Lisboa grandes subterraneos, não deparámos ainda com elles nas sondagens e investigações realisadas. Até podemos quasi concluir que, pelo menos, nem existe uma crypta importante; reduzindo-se tudo a pequenas capellas sepulcraes subterraneas, ou carneiros escavados muito depois da data da construcção do edificio .

De longe, aspectos de alma que nos falam; De perto, brutas formas de rochedo! Quantas intimas dôres nos abalam! Porque não ha no mundo quem as ouça, As dolorosas vozes que se calam! Ó gente enamorada! Ó gente môça! Que, de repente, ao tumulo baixaes, Qual o vosso pecado? a culpa vossa? Ó Procissão das lagrimas, dos ais, Deante de mim, passando eternamente A caminho das sombras sepulcraes!

Ó mantos de veludo esplendido e sombrio, Na vossa vastidão posso talvez morrer! Mas vinde-me aquecer, que eu tenho muito frio E quero asphyxiar-me em ondas de prazer. «Onde é que te nasceu» dizia-me ella ás vezes «O horror calado e triste ás cousas sepulcraes? «Porque é que não possues a verve dos Francezes «E aspiras, em silencio, os frascos dos meus saes?

Não que de larvas me povôe a mente Esse vacuo nocturno, mudo e augusto, Ou forceje a rasão por que afugente Algum remorso, com que encara a custo... Nem fantasmas nocturnos visionarios, Nem desfilar de espectros mortuarios, Nem dentro em mim terror de Deus ou Sorte... Nada! o fundo dum poço, humido e morno, Um muro de silencio e treva em torno, E ao longe os passos sepulcraes da Morte.

Mas nem por isso desistio a Guerra D'entrar por estas lobregas cavernas, Com tórva profusão disseminando Das sepulcraes abobadas ao longo Seus thesouros sulfureos, que se elevão Empilhados em massas volumosas Junto dos resequidos esqueletos.

Palavra Do Dia

dormitavam

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