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Candido da Cunha, poeta triste da pintura, amando a luz iriada dos poentes, dá-nos quadros maravilhosos, destacando como florão da sua corôa de artista a Hora nostalgica. Não devemos porém esquecer a sua Casa rustica e os seus Moinhos em Leça. Ha tambem na exposição um trabalho d'este artista que me extasiou.

As arvores sonham, na sombra dos poentes, Immoveis, á beira dos lagos dormentes. E as fontes que d'antes sonoras gemiam, Somnambulas mudas, apenas corriam... Um dia, de longe, de terras distantes, Com pagens, arautos, donzeis, passavantes, Bandeiras ao vento, clarins, atabales, Echoando a distancia por montes e valles, Um principe, herdeiro d'um throno potente, Com olhos suaves d'aurora nascente,

Depois o Pitta com tristeza affiançou: Amigo, nós é que não podemos sonhar... Nós não, nunca mais podemos sonhar!... Eil-os reunidos aos desgraçados e todos se põem a falar ao mesmo tempo. Nenhum quer ser o que é, e cada um para seu lado accusa a vida. Ha-os que têm inveja dos poentes, das pedras, das aguas. Para quê ser homem? Ninguem sabe.

E ambos ao mesmo tempo, um ao outro se impuseram segredo... Schiu!... Schiu! A tarde descaía límpida. Na vasta cúpula do céu, penachos de nuvens alvejavam, imóveis. Acesas naquela explosão rubra do ocaso, as arestas dos montes franjavam-se de púrpura e oiro, na decoração mágica dos poentes.

Creaturas simples vão ser arvores que de anainhas a gente se sente commovida ao vel-as; os sonhadores, desfeitos em nuvens, andarão nos poentes do mar salgado, e as penedias, que o sol abraza, as penedias eternas, serão construidas do coração dos máus.

Como que a Sombra diz no seu silencio frio Á fonte de esquecida memorando, Lucilante de lagrimas a fio... Ah, pudesse eu viver pela espessura Dos bosques rumorosos, Ás horas em que a Sombra as coisas transfigura! Ser o Outomno, o crepusculo, a harmonia Das aves cuja voz é um halito de luz De poentes que morrem de saudosos! Vestir os troncos nus, Chorar melancholia...

O mais é o pôr-do-sol, bouças e fontes Que compõem a sua parentella. Encanto de possuir uns taes parentes! Fidalga excepcional que é a Purinha! Que ella nas veias tem sangue dos poentes, E os cravos brancos chamam-lhe: Priminha! Oh que ascendencia! que familia estranha! Onde ha fidalgos com uns taes avós? Sois os seus Paes, pinheiros da montanha, E assim ella é altinha como vós!

E ás tardes, n'aquelles poentes tristissimos das regiões montanhosas, nós passeavamos sob a parreira da horta: elle de sacho na mão, parando de quando em quando a apanhar uma folha velha das enormes couves, que elle fazia crescer espantosamente. Nunca mais vi couves assim!

A seguir vem Candido da Cunha, esse delicioso poeta nostalgico de pintura, que me suggestiona com os seus quadros, poentes deliciosos, onde parece que, atravez d'uma doce tonalidade de aldeia, se ouve o religioso toque das Avè-Marias.

O Manuel arreliou-se fortemente com esses ditos e, cabeçudo como um verdadeiro beirão, arranjou uma cabanita, no meio da belga e alli vivia como um selvagem. Trabalhava desde que o sol vinha, irrompente, até que se escondia nos poentes gloriosos dos dias longos do estio. No inverno apanhava a firme as chuvas, a neve, o vento e o frio.

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