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Creaturas simples vão ser arvores que de anainhas a gente se sente commovida ao vel-as; os sonhadores, desfeitos em nuvens, andarão nos poentes do mar salgado, e as penedias, que o sol abraza, as penedias eternas, serão construidas do coração dos máus.

«A pallida cohorte dos proscriptos Que tem nos rostos estampada a fome; Que em quanto o frio os roe e os consome, Trazem no coração Deuses escriptos. E a regeneração ha de chegar aos dominios da Astronomia. Os raios andarão com as estrellas ao cóllo, como muito bem se póde ver do seguinte verso de v. s.ª a pag. 47: «Erguendo um filho, como um raio a estrella

As Serras se habitarão E os Oiteiros mais altos, Muitas Gentes sahirão Outros andarão em Saltos. Andarão como pasmados Chorando pellos caminhos, De suas terras lançados De parentes, e vesinhos. Então não haver

Se os antigos Philoſophos, que andarão Tantas terras, por ver ſegredos dellas, As marauilhas que eu paſſei, paſſarão A tão diuerſos ventos dando as vellas: Que grandes eſcripturas que deixarão Que influição de ſinos & de eſtrellas, Que eſtranhezas, que grandes qualidades, E tudo ſem mentir, puras verdades.

Eu tinha na minha bagagem uns versitos, que apresentava a medo, e que um dia Manoel de Arriaga leu em voz alta, depois do café, na mesa dos hospedes, com a mesma emphase com que leria versos de Victor Hugo, conquistando-me uma ovação no meio d'aquelle auditorio ingenuo, e deixando-me a mim proprio deslumbrado de taes versos serem meus. Coitados! Por onde andarão elles!

E tambem as memorias glorioſas Daquelles Reis, que forão dilatando A Fee, o Imperio, & as terras vicioſas De Affrica, & de Aſia, andarão deuaſtando, E aquelles que por obras valeroſas Se vão da ley da Morte libertando. Cantando eſpalharey por toda parte, Se a tanto me ajudar o engenho & arte.

As redeas trazem na mão Os que redeas não tiverão: Vendo quanto mal fizerão A cobiça e ambição, Disfarçados se acolhêrão. A nao, que se vai perder, Destrue mil esperanças: Vejo o mao que vem a ter; Vejo perigos correr Quem não cuida que ha mudanças. Os que nunca em sella andárão, Na sella postos se vem: De fazer mal não deixárão; De demonio hábito tem Os que o justo profanárão.

P'ra que Deos as fez? Quando o vento uivando lhes perturba o somno Pela treva errantes, como cães sem dono, Andarão perdidas a ulular talvez!... E a dos olhos garços pastorinha bella Fia no seu fuso linho por corar;

Aqui de remotisimos Paízes, De diversas Nasoins, diversas linguas Vinhaõ mandando Capitains diversos, Aqui vinhaõ Varoins destes pixozos A quem tudo lhe fede, e que somente, Por cauza das corrutas baforadas, C'o vinho em odio eterno andáraõ sempre, Aqui de mal Francês, e de almorreimas Um sem numero vinha de axacados: Naõ faltando dos cálidos a turba A quem fizera sempre o vinho empôlas.

Mas nem Manoel Correa, nem Pedro Mariz, que para desculpar a Barreto não poupou a Camões, lhe assinárão esta causa; prova evidente de que não tiverão della noticia alguma, porque, se a tivessem, não andárão inventando outras.

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