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Meneia os altos freixos A branda viração de quando em quando; E d'entre vários seixos O liquido crystal sahe murmurando: As gottas, que das alvas pedras sáltão, O prado, como pérolas, esmaltão. Da caça ja cansada Busca a casta Titanica a espessura, Onde á sombra inclinada Logre o doce repouso da verdura, E sôbre o seu cabello ondado e louro Deixe cahir o bosque o seu thesouro.

Sobre esta pallida fronte O torvo cypreste ondeia, Como o que, pharol de mortos, Sobre campas se meneia. Antes da vide na encosta, Antes da relva no prado, Os dias da juventude Terão para mim murchado! Minha linda primavera Qual a van sombra passou! Eu morro: o euro gelado Da vida a seiva mirrou. Cáe, oh passageira folha; Vem esta senda cobrir; Esconde ao pranto materno Logar onde vou dormir.

Bem antigo é teu cepo. Tu viste O mosteiro da encosta crescer; Viste o colmo do humilde retiro Em arcadas, em torres volver. Tambem nasce o regato na origem Pobre e puro: cem valles passou; Vai rico, mas turvo e suberbo; Que a torrente desceu e o turbou. Como esta aura suave suspira Pelos bosques, e as ramas meneia! Como a limpha murmura na fonte, Sobre a qual pende o merlo e gorgeia.

Onde gretando os humidos penedos Orvalhados de neve branca e fria, Brotando estão de si mil arvoredos; Huma floresta fez verde e sombria A natureza experta, que rodeia, Como elevado muro, a serrania. Neste formoso sítio se recreia O lascivo Cupido entre as boninas, Que sempre hum brando Zephyro meneia.

Tambem se erguem montes, e o prado De boninas, em maio, se veste; Tambem se meneia o cypreste Sobre o corpo que á terra desceu. Que me importa o loureiro da encosta? Que me importa da fonte o ruido? Que me importa o saudoso gemido Da rollinha sedenta de amor? Que me importam outeiros cubertos Da verdura da vinha, no estio? Que me importa o remanso do rio, E, na calma, da selva o frescor?

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entristecia-se

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