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A janela a desengana; Renova-lhe a dor no peito; Chama em vão o vosso nome, Abraçando hum ermo leito. Do peito das mais Creadas A saudade se não risca, Desde as Ayas ralhadoras, á ladina Francisca. E pois que o sangue de Reis, Pois que a Augusta Ceremonia, Bem a pezar das Creadas, Vos trouxe a Santa Apollonia;

111 "Qual o membrudo e bárbaro Gigante, Do rei Saul, com causa, tão temido, Vendo o pastor inerme estar diante, de pedras e esforço apercebido, Com palavras soberbas o arrogante Despreza o fraco moço mal vestido, Que, rodeando a funda, o desengana Quanto mais pode a que a força humana: 112 "Desta arte o Mouro pérfido despreza O poder dos Cristãos, e não entende Que está ajudado da Alta Fortaleza, A quem o inferno horrífico se rende.

De tão divino accento em voz humana, De elegancias que são tão peregrinas, Sei bem que minhas obras não são dinas; Que o rudo engenho meu me desengana. Porém da vossa penna illustre mana Licor que vence as águas Caballinas; E comvosco do Tejo as flores finas Farão inveja á cópia Mantuana.

Se esta tão clara Te põe claros teus enganos, Desengana: Sobejamente mal , Quem com tantos desenganos Se engana. Mas como tu sempre mores No engano em que andamos, E que vemos, Não cremos o que tu podes, Senão o que desejamos E queremos. Nada te póde estimar Quem bem quizer conhecer-te E estimar-te; Qu'em te perder ou ganhar, O mais seguro ganhar-te He perder-te.

Porque, se o Ceo, das gentes tão amigo Não á Fortuna tempo limitado, Não he para causar mui grande espanto, Que mal tão mal olhado dure tanto? Outro espanto maior aqui m'enleia, Que com quanto Fortuna tão profana Com estes desconcertos senhoreia, A nenhuma pessoa desengana.

Qual o membrudo & barbaro Gigante, Do Rei Saul, com cauſa tam temido, Vendo o Paſtor inorme eſtar diante, So de pedras & esforço apercebido, Com palauras ſoberbas o arrogante, Despreza o fraco moço mal veſtido: Que rodeando a funda o deſengana, Quanto mais pode a que a força humana.

Como, em fim, desengana huma mudança! Que quanto he mor a bem-aventurança, Tanto menos se crê que ha de durar. Dos antigos Illustres, que deixárão Hum nome digno de immortal memoria, Ficou por luz do tempo a larga historia Dos feitos em que mais se avantajárão.

Mauricio apertou-lhe a mão com verdadeira e d'esta vez insuspeita sympathia. Sabe, Bertha, que vendo-a aqui, a ajudar-nos assim n'esta tarefa caseira, custa-me a acreditar que não seja nossa irmã!? E como é que se desengana? Interrogando o coração? Não, que esse persuade-me do mesmo. Então deixe-se persuadir, snr. Mauricio, que vae n'isso tão pouco mal!

Ólha como suspirão estas ondas, E como o velho Atlante O seu collo arrogante Move piedosamente, Ouvindo a minha voz fraca e doente. Triste de mi! Qu'alcanço por queixar-me, Pois minhas queixas digo A quem ja ergueo a mão para matar-me, Como a cruel imigo? Mas eu meu fado sigo, Que a isto me destina, E qu'isto pretende e m'ensina. Oh quanto ha ja que o Ceo me desengana!

Não he possivel Nos Ermos encontrar da Lybia ardente Monstro, seja Leão, seja Serpente, Que possa comparar-te á Féra humana, Que com tanto rigor me desengana. Quantas vezes notaste, honrado Amigo, Finezas, que a traidora obrou comigo! Quantas vezes daqui presenciaste Seus gestos, seus affagos, e julgaste, Que o mais ardente amor, a mais pura Pagavão minha candida ternura!

Palavra Do Dia

interdictca

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