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Ao bom Principe pedistes, Que com mão compadecida, Lhes concedesse humas ferias, Que durassem toda a vida; Pedistes depois, Senhor, Que a sua Real Grandeza Se dignasse de arrancar-me D'entre os braços da pobreza; Sei que nelle he natural Ter das alheias penas: Mas ouve-as melhor Augusto, Quando lhas conta Mecenas;

Finalmente estou . Que miseravel eu sou! Pois não será monstruoso que este actor, n'uma ficção, na expressão de uma dor simulada, podesse elevar a sua alma, identificando-se com a sua parte, exaltando-se a ponto de empallidecer, de lhe borbulhar o pranto nos olhos, de se lhe pintar o desespero nas feições, entrecortada está a sua voz, e o seu todo faz uma verdade, de que não é senão uma situação fingida! E tudo, por quem? por Hecuba; que é Hecuba para elle, ou elle para Hecuba, para que a sua memoria lhe arranque lagrimas tão sentidas? Que faria elle no meu logar, se tivesse tantos motivos de dor, quantos eu tenho. Inundava de pranto a scena, aterrava os espectadores pela sua expressão terrivel, fulminava o culpado, atemorisava o innocente; attonitas ficavam as almas simples, e a commoção aos sentidos da vista e do ouvido seria geral. E eu, alma tibia, intelligencia confusa, fico n'uma estupida inacção, indifferente á minha propria causa, e nada acho que dizer, nada, mesmo nada a favor de um rei que perdeu a corôa e a vida pelo mais inaudito attentado! Ah como sou cobarde! Infame me deveriam chamar, esbofetear-me, arrancar-me as barbas, lançar-m'as ao rosto com o desprezo; insultar-me deveriam todos, dizer-me que pela gorja menti, e obrigar-me a soffrer calado todos os vilipendios possiveis. Quem quer fazel-o. Por vida minha que era justo; é forçoso que eu seja inoffensivo como uma pomba sem fel, para levantar uma offensa, para não ter feito pasto dos abutres as entranhas d'esse miseravel, sanguinario e impudico scelerado. Monstro de perfidia, juntas ao assassinio o adulterio! Como sou estupido!

Dormirá ella agora? me dizia eu. Os primeiros dias, que seguiram esta noite horrivel, passei-os n'um estado de stupor de que não havia arrancar-me. Esperava não sei que, que devia terminar-me a vida e os males. Isto não póde acabar assim! dizia eu. Vinte vezes ao dia, pedia a minha correspondencia mas nem se quer abria as cartas que o meu creado me trazia.

Se fico, atrocidades cruas... Hei de ser arrastado ahi por essas ruas, Padecerei do povo horríficos flagellos: Vir alguem arrancar-me os olhos, os cabellos, E transformar em lama o corpo do homicida! Não! Prefiro morrer... por ter amor á vida! De súbito, n'um grito de independencia, muito egoista: Eu prefiro morrer! Que se escancáre o espaço Da treva! Sim, ó Morte, eu quero o teu abraço!

JUDAS n'um brusco impulso de independencia: Isso é que não! Confesso Á minha consciencia o que me vae no peito! Arrancar-me um segredo? E julgas ter direito De desvendar em mim reconditos misterios? Acalmo a excitação, mas guarda os vituperios! Pediste por acaso ao mar em que nasceste Que descobrisse o leito? Alguma vez desceste A espreitar-lhe a vida, a revolver-lhe o fundo?

Principe, conclue ella com um tremor na voz, querido principe, não me deve querer mal por esta minha indiscreção. O auge do contentamento, eis o que conseguiu arrancar-me do coração, um tanto prematuramente, este segredo estremecido, e... qual será a mãe que m'o leve a mal? Nem encontro sequer palavras que descrever possam o effeito produzido pela inspirada saída de Maria Alexandrovna.

Sei que tenho dezoito annos; as leis não sei quaes são, nem me incommoda a minha ignorancia. Se póde ser que mão violenta venha arrancar-me d'aqui, convença-se meu pae de que essa mão ha de encontrar um cadaver. Depois o que quizerem de mim. Em quanto, porém, eu podér dizer que não vou, juro-lhe que não vou, meu pae. Sei o que é! bramiu o velho sabes que o assassino está no Porto?

Has de habituar-te pouco a pouco a viver sem o teu filho, como minha mãe se habituou. O habito é uma segunda natureza. Primeiro entrará o Ruy n'um collegio. Vamos viver para o Porto, e olha que faço n'isso algum sacrificio, porque me custa arrancar-me á vida da provincia.

Eis todo o seu romance. E mais nada. Disse tudo. Se alguem, por mais curioso, quizer ainda arrancar-me o segredo d'esta minha estranha sympathia pelos cavallos sagrados dos templos de shinto, tanto mais estranha sympathia, quanto é certo que não me accusa a consciencia de jámais ter pertencido a qualquer sociedade protectora de animaes, aqui lhe offereço, a esse alguem, a seguinte estupenda confidencia.

Palavra Do Dia

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