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Ah! piedosa: As­ cruas penas Torne serenas Teu brando olhar. Em dia dos annos do Illustrissimo Principal Almeida. Por mais que esse sangue honrado Vos inspire os pondonores De merecer os louvores E não querer ser louvado, Este dia he consagrado A elogios soberanos: Sem vir enfeitar enganos Com mão venal, e fingida, Em contar a minha vida Louvarei os vossos annos.

Nasce o ouro nas entranhas dos montes, e nas arterias occultas dos penedos; e subindo como arvore da profunda raiz, d'onde começa, vae espalhando os ramos em desegual medida, convertendo o sol com seus poderes aquella materia disposta e propinqua, até que chega a ser ouro, e se demonstra por duvidosos signaes na face da terra; que logo d'aquella emprenhidão se mostra triste, dando por indicios da riqueza que encerra, herva descórada, delgada, subtil e sequinhosa areia, e barro leve, secco e sem proveito; e até as aguas, que por entre as veias descem, sahem cruas e com sabor pesado.

Posto lhe faltasse observação, para avaliar a verdade do escripto, achou que em muitas partes, ao menos, o retrato era semelhante. Cotejava essas notas iconographicas, tão cruas, tão seccas, com as maneiras cordiaes e graciosas do tio, e sentia-se tomado de um certo terror e mau-estar. Elle, por exemplo, que teria dito delle o finado?

De Roma nos Annaes, que o Mundo assombrão, Não teve cabimento Heróe mais claro, Que hum Séneca, fiel ás leis sagradas Da Virtude, e Dever , aos pés calcando Cruas perseguições, desterro iniquo, Sobranceiro ao rigor dos Ceos, da Terra.

Não sei quem assella Vossa formosura; Que quem he tão dura Não póde ser bella. Vós sereis formosa; Mas a razão tem Que quem he irosa, Não parece bem. A mostra he de bella, As obras são cruas: Pois qual destas duas Ficará na sella? Se ficar irosa, Não vos está bem: Fique antes formosa, Que mais fôrça tem. O Amor formoso Se pinta e se chama: Se he amor, ama, Se ama, he piedoso.

E pelas noutes regeladas, cruas, chorei com fome, errando, pelas ruas! «Porém que porta negra agora abriste? Que aspecto é este morto e desolado? Acaso o inferno depois d'isto existe? Acaso é pesadello desmanchadoCala-te! disse a Sombra magra e triste, Cala-te, ó Genio immenso, desgraçado! E com sorriso d'expressão fatal a Sombra concluiu

Quando o assustado Ministro, Que as margens do Doiro trilha, Pôde salvar da procella A sua estimavel bilha. Clama em vão por tão bom tempo Minha discreta saudade; Doce, fugitivo tempo, Da nossa doirada idade! Ante meus olhos sâudozos Cruas azas despregou; E em cambio de tantos bens, Cans, e rugas me deixou.

Pintou a morte d'esse escravo amigo, e o Genio inda mais triste e no abandono da força d'esse servo, seu abrigo, dos amigos, dos nobres, e do throno. E o terrivel guerreiro do inimigo pintou em noutes lividas, sem somno, velho, dobrado, pelas névoas cruas, faminto á chuva, e ao vento, pelas ruas.

Os caseiros e emphyteutas do mosteiro, raça dura e rebelde em pagar suas rendas e foros, não pagava, e ria-se das excommunhões; os officiaes da coroa quebravam impiamente os privilegios da ordem, e até, anteriormente, os villãos de Montemor tinham ousado accusá-la de haver obtido com dolo e mentira parte das suas rendas e direitos senhoriaes . Depois, naquella conjunctura, o mosteiro estava gasto e desbaratado das guerras que pouco antes o prior D. João de Noronha tivera com o bispo de Coimbra, em razão de uma pouca de carne furtada da cozinha do bispo pelos criados do prior; guerras em que se deram cruas batalhas nas praças de Coimbra, sendo necessario que o poder publico mandasse marchar tropas para pacificar á força os dous reverendos campeões . Postos o dominio directo, os direitos senhoriaes, os bens e rendas de Sancta Cruz sob a protecção de um bom milagre, naquella occasião desoccupado, d'ahi podia provir utilidade aos cruzios sem damno de terceiro.

Então carrancuda Noite Me enxotou co'as negras azas; E em honra dos taes Amigos Vim como Gato por brazas; Sei, em fim, que chegastes Chamou por Vós minha dôr, Venha o Illustre Conselheiro Honrar-se em Procurador; Fazer bem, he mór grandeza; Deo-vos, tambem esta, o Pai; Vós ambos d'entre os meus loiros Cruas silvas arrancai;

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