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Uma creação do genio celtico e germanico é o mundo feérico; elaborada lentamente na phantasia popular, animada n'esses typos de Melusina, Morgane e Urgante, dos trovadores da Edade média, cantada depois nos galanteios de Boiardo e Ariosto, Spencer e Shakespeare, tornou-se o divertimento infantil dos Contes bleus, os contos de fadas, colligidos nas Notte piacevoli de Straparole, publicadas no seculo XVI, e no Pentamerone de Giambattista Basile em 1637.

Succedeu-lhe Filippe III, e esse tinha um primeiro ministro chamado conde-duque de Olivares, que imaginou que havia de acabar com os privilegios das provincias, principalmente com os de Portugal. Não pensava n'outra cousa, de fórma que deixava ir as colonias, e no Brazil os hollandezes tinham tomado raizes, e estavam senhores de Pernambuco. Mas os portuguezes começaram a achar a brincadeira pesada e a refilar ao Olivares. Em 1637 rebentou uma revolta em Evora, foi logo apagada, mas com muito sangue. Peor para o caso. Os fidalgos, que andavam tambem damnados, principiavam a conversar com o duque de Bragança, D. João, e a apalpal-o para ver se elle quereria a corôa. O duque não dizia nem que sim, nem que não. Mas n'isto a Catalunha, que tambem não perdoava ao Olivares a sem-ceremonia com que elle lhe queria tirar os seus antigos privilegios, revolta-se. Boa occasião! Os fidalgos, em Lisboa, sentiam-se cada vez mais dispostos a mandar os hespanhoes para o diabo. O Olivares não fazia senão desesperal-os e atiçal-os. Tinha-lhes dado por governador a duqueza de Mantua, e para secretario do governo um portuguez, Miguel de Vasconcellos, que era mais damnado contra os seus patricios do que se fosse hespanhol. Emquanto deixava perder as colonias portuguezas, Olivares levava os nossos fidalgos e os nossos soldados para as guerras de Flandres e da Catalunha. Lembra-se emfim de dar ordem ao duque de Bragança para que para Madrid. Então é que se não podia estar com pannos quentes. Os fidalgos dizem ao duque de Bragança: Ou acceita a corôa, ou nós pomo-nos em republica. O duque, a final, disse que sim. Com a bréca! aquillo foi um momento. Era um punhado de homens, os que andavam assim a conspirar; elles não sabiam se podiam contar com o povo, nem se não podiam, conspiravam ás claras, que parece que em Lisboa todos sabiam da conspiração menos os hespanhoes; reuniam-se umas vezes em casa de João Pinto Ribeiro, outras vezes em casa de D. Antão de Almada, no jardim. No dia 1 de dezembro de 1640 saem todos para o meio da rua. Eram quarenta, pouco mais ou menos. Chegam ao paço, matam o Miguel de Vasconcellos, agarram na duqueza de Mantua e fecham-n'a á chave, desarmam a guarda, abrem as janellas, e dizem a quem ía passando: Viva o duque de Bragança, rei de Portugal! viva o sr. D. João IV! O povo diz-lhes de baixo: Viva! e viva, e viva! e eram uma vez os hespanhoes, e d'ahi a pedaço estava tudo tão socegado como se não tivesse havido cousa nenhuma, e os hespanhoes tinham desapparecido; e aqui têem vocês como se faz uma revolução quando ella está na vontade de todos. Digo-lhes, rapazes, que este dia 1 de dezembro consola uma pessoa. Parecia que o paiz não tinha feito senão acordar de um pesadello. Aquillo foi saltar da cama abaixo, e elle ahi estava de , todo pimpão como em outros tempos. E sabem vocês porque isto foi?

Volvêrão vencidos para o Recife os restos da famosa expedição effectuada pelos Hollandezes em Maio de 1637. Amargurára-se extremamente o principe de Nassau com este evento desastroso dos seus projectos.

Se o fazeis por interesse, basta o que tendes; se mais quizerdes, passamos signal; se nós podermos, com o mais constará a pontualidade... Tende lastima de um reino que, sendo antigamente um mar, se vai esgotando a Castella por um Rêgo. Nosso Senhor vos converta, e vos traga a nossas mãos, para augmento d'este reino, e vida e paz e quietação de seu rei. Evora 27 de agosto de 1637.

Devia ser filho atalhou Francisco Luiz de um francez tambem chamado Duparquet, levado ás honras de governador em 1637 por Luiz XIII de França, a quem convinha aliançar-se com tão honrados vassallos. Duparquet, sabendo que o hespanhol captivo era medico, tratou-o com alguma affabilidade, e encarregou-o de lhe curar de cameras uma filha.

Acho noticia d'este marido de D. Vicencia em um dos papeis que appareceram em Madrid, por 1637, assignados pelo Manuelinho de Evora, que symbolisava o espirito revolucionario de Portugal. Como peça desconhecida, extrahimos o mais curioso d'ella.

Agradaram tanto a el-rei que mandou vir o artista a Madrid, nomeando-o, a 22 de dezembro de 1595, seu gravador com o ordenado de cem ducados por anno, pagando-se-lhe á parte as obras que fizesse em seu serviço. Falleceu em Madrid pouco depois do anno de 1637. Bermudes cita muitas das obras, que elle executou em Hespanha, sendo a primeira o retrato de Santo Ignacio de Loyola.

E o ensejo veio bem de molde á explosão das iras de um portuguez palavroso. N'aquelle anno de 1637 era o povo esmagado com tributos; e a nobreza, menos ferida nas suas rendas, olhava de esconso para a desgraça das classes mechanicas, e de fito para os seus proprios interesses. Não obstante, alguns fidalgos sob-capa incitavam ao longe os motins.

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