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Fôra este seu parente a quem Fialho recorrera, quando, na vespera da morte, veio a Villa de Frades, ordenar os papeis do seu gabinete, como quem se decide a dispor tudo, antes de seguir... Quando chegou deu pela falta da chave do escriptorio, me explicou o snr. José Fialho.
Ha coisas que se perdem sempre; outras que sempre esquecem: a chave do trinco, por exemplo. Que de noites fica o sujeito durante horas batendo á porta, na esperança de que o visinho se compadeça d'elle, ou, o que ainda é peor, que de noites tem o homem de ir dormir fóra de casa por não ter comsigo a chave do trinco!
77 "Eu, que bem mal cuidava que em efeito Se pusesse o que o peito me pedia, Que sempre grandes cousas deste jeito Pressago o coração me prometia, Não sei por que razão, por que respeito, Ou por que bom sinal que em mi se via, Me põe o ínclito Rei nas mãos a chave Deste cometimento grande e grave.
De Pário monte não foi mistér que entranhas te enviassem chão, columnas, e abóbadas, e estatuas; tuas portas sem chave não cresceram lá nas florestas do hemisphério opposto. Foi visinho pinhal teu sôlho e tecto; deu-te paredes mais visinho oiteiro; portões e meza um cedro bom da extrema.
Quizera tambem, que o recipiente fosse hum garrafão, e nada de complicações, nem torneiras de chave, faceis de desmanchar, e difficultosas de concertar, porque me lembro das pessoas, que lidão nestas fábricas. Ordem do trabalho para fazer aguardente.
Ao mesmo Augusto Senhor se entregou a chave do caixão do padre Macedo, e por Sua ordem se tirou a cêra o seu retrato, para se lhe levantar um busto. O retrato de José Agostinho de perfil inteiro, é tão exacto, segundo o testemunho das pessoas que o conheceram, que ninguem deixará de o reconhecer á primeira vista; o de meio perfil não lhe é inferior; são obras de mão de mestre.
Tinhamos uma pequena chave que abria a portinha verde no muro, todo coberto de musgo e de copas d'arbustos orientaes. N'essa noite, ao abrir a porta, cantando em voz alta, senti sumir-se rapidamente na espessura das folhagens um vulto. O ar estava sereno, accendi um phosphoro, e áquella luz trémula, entrei na sombra, para descobrir o vulto, entre as ramagens.
Não se emendou com esta pena a tal «ave de rapina:» deu traças a huma chave, a que chamão mestra, a qual abre as portas das Cellas todas, e em horas, que lá sabia, hia sisando o que achava bem guardado: houve alguns queixosos, e entre elles o Comprador da Communidade, que se via afflicto, por lhe faltar muitas vezes o dinheiro da Cella, e a Cella sempre fechada.
Por consequencia quem sabia onde estava o cadaver, quem tinha uma chave da casa, quem vinha alta noite ao logar do assassinato, quem tinha desmaiado vendo-se surprehendido, estava positivamente envolvido no crime... Quem lhe deu a chave? perguntou o mascarado. O homem calou-se. Quem lhe fallou n'isto? Calou-se. Que vinha fazer, de noite, ás escondidas, a esta casa? Calou-se.
Elle era instruido, tinha viajado e tinha lido. De repente, pouco depois da uma hora da noite, sentimos na escada um andar leve e cauteloso, e logo alguem tocar na porta do quarto onde estavamos. O mascarado tinha ao entrar tirado a chave e havia-a guardado no bolso. Erguemo-nos sobresaltados. O cadaver achava-se coberto. O mascarado apagou as luzes. Eu estava aterrado.
Palavra Do Dia