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Incorporamos aqui os Sonetos IV, X, XVI, XVII e XX, da collecção de Coimbra, de 1861, não incluidos no volume dos Sonetos completos. Terra do exilio!

A este amor da liberdade individual se devem attribuir em grande parte alguns factos importantes da historia, como, por exemplo, a constituição das communas e principalmente o movimento da reforma religiosa, a bella e grande lucta da theocracia e da democracia christãs, em que esta ficou vencedora, a final, no seculo XVI.

Este segundo periodo da nova sciencia, que é denominado dos antiquarios, abrange os fins do seculo XVI, todo o XVII e a primeira metade do XVIII. Portugal não foi indifferente a este progresso.

N'este numero deve entrar um manuscripto que existia em Sancta Cruz de Coimbra, feito, segundo parece, nos fins do seculo XIV, em que mui de leve se mencionam os acontecimentos mais notaveis dos tres primeiros reinados, e d'elle talvez se houvessem de contar as antigas chronicas, que Duarte Nunes reformou, ou estragou, e que muito desconfiamos sejam as mesmas que colligiu Acenheiro no principio do seculo XVI, e que serviram de fundamento a Ruy de Pina e Galvão: sobre tudo o que pesam ainda muitas sombras, ao menos para nós, parecendo-nos, todavia, indubitavel que alguma cousa havia escripta antes de Fernão Lopes; porque a alguma cousa eram essas estorias dos antigos reis, mencionadas na carta de nomeação de Fernão Lopes, e que n'esse documento se distinguem claramente dos feitos de D. João I.

Se ha alguma epocha da nossa historia que nos offereça uma alta lição; se ha algum successo que nos possa fazer energicamente sentir quaes sejam as consequencias fataes da perversão moral de qualquer paiz, e como aos povos corrompidos não tarda o dia da servidão, ou de serem riscados da lista das nações, os fins do seculo XVI e a conquista feita por Philippe II são essa epocha e esse facto.

Quasi todas as vidraças d'esta época são com vidros esmaltados. O esmalte branco, conhecído no XVI e XVII seculo, veiu a ser então de uso geral e formou as principaes côres empregadas. A decadencia da pintura das vidraças foi completa, e a arte perdeu a tal ponto que havia em Paris um unico pintor d'esta especialidade, o qual não podia subsistir por este seu trabalho.

A ogiva formada meia convexa e meia concava é traçada como a ogiva em chaveta, com raios que partem de quatro centros differentes, mas inversamente; o extradorso do arco é concavo inferiormente e convexo no vertice. Encontra-se esta ogiva, ainda que raras vezes, em alguns monumentos dos seculos XV e XVI.

O maior numero dos relicarios metallicos dos XV e XVI seculos imitam servilmente a maneira de se construirem os monumentos de cantaria; vindo a ser reproducções em pequeno das grandes egrejas ogivaes.

Sabe-se que os pontifices mais instruidos mandavam procurar em todos os paizes os mais preciosos manuscriptos; de Leão X escreve Ginguené: "Não poupava despezas nem rodeios junto das potencias estrangeiras para fazer procurar nos paizes mais remotos e até nos estados do norte livros antigos ainda ineditos." O modo como estes rodeios eram efficazes, explica-se pela prohibição de certos livros e pela instituição da censura, que no século XV se exercia em Hespanha e em Portugal, como vêmos pelo Leal Conselheiro de El-rei D. Duarte. Os livros eram entregues á auctoridade ecclesiastica para serem examinados, e sob qualquer pretexto de escrupulo não eram mais restituidos. Basta vêr a quantidade de canções obscenas e irreligiosas que o Cancioneiro portuguez da Vaticana encerra para se conhecer como veiu a caír na mão da auctoridade ecclesiastica e como sob ordem superior esse livro antigo ainda inedito foi remettido para Roma. Alem d'isto, a paixão pela Renascença da antiguidade, que começou no seculo XV, fez com que nos diversos paizes decaísse repentinamente o amor pelos seu monumentos nacionaes. D'esta falta de amor pelo proprio passado proveiu para Portugal a perda de muitos manuscriptos, como o da novella Amadis de Gaula, de muitos cancioneiros manuaes, como relata Faria e Sousa, pelo que dizia o Dr. João de Barros no principio do seculo XVI, que estas cousas se secavam nas nossas mãos. D'esta falta de estima pelos monumentos nacionaes, veiu o dispersarem-se pelas bibliothecas da Europa muitos thezouros da nossa litteratura, como se prova pela existencia da Demanda do santo Greal na bibliotheca de Vienna, dos livros de Valentim Fernandes na bibliotheca de Munich, do Leal Conselheiro de D. Duarte, Chronica de Guivé de Azurara, e Historia geral de Hespanha na bibliotheca de Paris, do Roteiro de D. João de Castro no Museu britanico, e do Cancioneiro do Conde de Marialva, da Satyra de infelice vida do Condestavel de Portugal em Madrid. A saida do grande Cancioneiro de Portugal pertence a esta forte corrente de dispersão. No fim do seculo XV alguns portuguezes eruditos se distinguiam na Europa pelas suas riquezas litterarias; em uma Memória sobre as relações que existiam antigamente entre os flamengos de Flandres, especialmente os de Bruges e os Portuguezes, cita-se: "João Vasques, natural de Portugal, mordomo de D. Isabel de Portugal, Duqueza de Borgonha: Vasques possuía uma Bibliotheca, ou pelo menos diversos manuscriptos de valor." Entre esses livros figuravam Histoire de Troie la grant, e alguns tinham as armas de Portugal na encadernação, como o velino Horae beatae Mariae Virginis. Tambem no seculo XV figuravam no estrangeiro os eruditos Diogo Affonso de Mangaancha, Vasco Fernandes de Lucena, Achilles Estaço, e outros muitos amadores bibliophilos. Cuidava-se em comprar livros impressos, por meio das Feitorias portuguezas, mas os manuscriptos sobre tudo os da litteratura medieval perdiam-se com a mais censuravel incuria. Sabe-se por uma carta de João Rodrigues de dirigida a Damião de Goes, que el-rei D. Affonso V mandou vir de Italia Frei Justo, a quem fez bispo de Ceuta, com o fim de escrever em latim a historia dos antigos reis de Portugal, e que todos os documentos que lhe foram entregues se perderam na sua mão, por ter repentinamente fallecido da peste.

Estas differentes observações foram confirmadas no decorrer dos tempos e serviram de proveito aos astronomos mais modernos. Ptolomeu no seculo XVI, e o arabe Abul-Wefa no seculo X completaram as indicações feitas por Hipparco ácerca das desigualdades que apparenta o movimento da Lua na linha ondulada, que tem por orbita, sob a acção do Sol.

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