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O seu melhor poeta, ou, para nos expressarmos com verdade, o seu unico poeta, não deixou de banda a musa que lhe segredava estes versos: Se a visses á janella Cuidando em seu bordado! Pudesses, como eu, vêl-a De traz do cortinado! .................... .................... .................... E se á janella, triste, Vem pôr sua gaiola, Se vem deitar alpiste No comedouro á rôla?

E pendendo por cima da corrente, Outro formoso bosque debuxando Estão no fundo della brandamente. Ouve-se o rouxinol aqui, lembrando Do perfido cunhado a crueldade, Mágoas em melodias transformando. A solitaria rôla com soidade Desfaz o rouco peito, ja cansada De que não move a morte a piedade. A domestica Progne anda banhada No sangue de seus filhos, em vingança Da triste Philomela profanada.

Prendeu-me aquela rola do pinhal que balouçada ao vento, no cimo dos ramos mais subidos da floresta, ali canta e se alegra e dali parte cortando o silêncio umbroso adormecido na sonolência ardente do estio, ora erguendo seu vôo

De repente, a um esforço qualquer que Jim fez em cima, um dos penedos rola e vem cahir sobre uma perna do pobre Jorge, esmigalhando-lh'a horrivelmente! Desde esse dia não pôde mais andar. E muito naturalmente preferiu ficar alli no oasis, onde tinha agua, caça e fructa do que tentar atravessar de novo o deserto, onde inevitavelmente morreria. E alli ficou dois annos, como um Robinson Crusoe.

De tanta lagrima, de tanta aspiração, alguma cousa se deve ter creado no infinito... Os humildes, que vêm ao mundo para gritar, aquelles para quem a vida é aziaga e que vão de rastros até essa praia, onde o mar desconhecido rola as suas ondas silenciosas, vêm-no dourado, cheio de claridade, n'uma madrugada eterna.

No coração do inverno o enxurro leva as lagrimas que ensoparam a terra e a lufada arrasta os gemidos para um destino ignorado. Rola as lagrimas dos pobres n'alguma nuvem perdida e gemidos, ais, palavras leva-as o vento comsigo. Noite negra! noite negra! Arqueja o lume e o predio sob a ventania arqueja.

Este tributario do Taquary rola limpidas aguas sobre chão de alvacenta arêa, e, sobre tarde, pudemos distinctamente ver innumeros cardumes de pirapitangas e corimbatás subirem contra a correnteza, descendo todos, ao alvorecer.

Se de ti me esqueço, Se me esqueci, Ou se mais lhe peço, Do que vêr-te a ti; A ti que amo tanto Como a flôr a luz, Como a ave o canto, E o Cordeiro a cruz, E a campa o cypreste, E a rola o seu par, Lagrima celeste! Perola do mar! Coimbra. Quem és, que ao vêr-te o coração suspira, E em puro amor desfaz-se! Raio crepuscular do sol que nasce, De lampada que expira!

A Fenis, que do tempo se defende, Antes que lhe falleça força, e vida, No fogo se renova, em que se accende. Não se põe mais a Rola, carecida Do seu primeiro amor, em verde ramo; Foge da fonte clara aborrecida. Testimunha me seja por quem chamo, Da verdade que escrevo brevemente Nos versos que por seu amor derramo.

A triste viuvez tua, Creança de olhos suaves, Lembra-me as noites sem lua, Lembra-me os ninhos sem aves. Tão bonita e sem amores, Á minha mente recordas Uma jarra sem ter flores Um bandolim sem ter cordas. Oh meiga rôla sem par, Á phantasia revelas Uma barca em pleno mar Sem ter leme e sem ter velas.