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André Chénier, especie de Lavoisier da Poesia, convocado tambem para o festim da morte, não é dos prazeres ephemeros da existencia que leva saudades; bate apaixonadamente raivoso na fronte, porque sente se lhe estava ali dentro formando, como em cerebro olympico, uma nova Musa gentilissima. ¿Quem lh'a revelára? A meditação solitaria, que sabe tudo, e tudo prophetisa. ¡Bonissima solidão!

Eram e são os que o professor do Curso Superior de Lettras, Theophilo Braga, o Linneo da nossa litteratura, classifica, na sua ultima obra, com o desdem olympico de um metrificador de cyclos, da maneira seguinte: poetas que tratam unicamente da fórma.

Mas, em compensação, ella, a minha formosa andaluza, tem uma cousa que nenhuma mulher d'este mundo é capaz de ter ella tem o salero, isto é, o desprendimento olympico, titanico, por tudo quanto é vida e amor, o doce laisser-aller da arte, que é luz, e magnetismo luz, que abrasa em sua chamma aquellas candidas borboletas dos cafés, magnetismo, que adormece em seus braços aquellas ternas andorinhas, como as outras aves, suas irmãs, sequiosas de ar, de prazeres mundanos, de folgança, mas folgança, perfeitamente real, selvagem como o matar de um touro, o esfaquear de uma creatura, ou o abrazar de uma consciencia ella, a hespanhola, ella não é verdadeiramente uma mulher, mas muito mais do que isso: ella é um rapaz de saias, um pequeno demonio alegre, juvial, attrahente, um doce mysterio de dois sexos, incomprehensivel, que ao mesmo tempo participa de um, pela virilidade, pela audacia, pelo arrojo, e de outro pela meiguice inconsequente, pelo rir suavemente acariciador, e pela ternura extraordinariamente singular que as reveste.

E porque não foi Alvaro de Sousa amar uma peixeira que as ha bem bonitas? Se a sua alma de poeta aspirava a um ideal olympico e metaphysicamente imponderavel porque foi elle procurar o seu ideal nas mulheres carnalmente vestidas de tafetás e veludos?

Ora este hereje pois, ora este pamphletario, que assim sabe escarrar no biltre e no sicario, este homem do Dever, este homem do Direito, que em vez d'uma grã cruz, traz seu Odio no peito, que em quanto toda a escoria, em toda a redondeza dobra e curva o joelho aos thronos e á Realeza, que em quanto tudo quer ser despota e opulento elle escolheu ser pobre, o exilio, o isolamento, que em quanto tudo pensa em Luxo ou nos ruidos, quiz ser a voz de ferro, a voz dos opprimidos, que em quanto tudo adula e lisonjeia o Forte, elle defende o fraco, e expõe o peito á Sorte, quando uns curvam-se ao Tudo, elle defende o Nada, faz do Direito açoute, e faz da penna espada, e diz a um rei, um Czar, um déspota potente Senhor, vós sois o cedro olympico, inclemente o vendaval da Terra, a sombra dos Tiberios, o furacão da Plebe, o açoute dos imperios, terror dos generaes, dos reis, dos condestaveis.

Heróe, sacro aos Mortaes, acceito aos Numes, Olympico Fulgor compõe teus dias; Os Ceos na minha voz mil dons te abonão, Com meus olhos teu Povo os Ceos vigião, O Commercio por ti de se nutre; As Artes, a Virtude, as Leis triunfão; No Solio, no Poder tens base eterna; Tua alma sobresahe aos teus Destinos; E de teu puro arbitrio esse orgão puro, He digna escolha tua, aos Astros vea No rasto de oiro, com que o Pólo esmaltas.

Eu digo a verdade e não solto blasphemias. Pão pão, queijo queijo! Nunca tive trato com mouros, judeus, ou herejes, nem consinto que ponham nota na minha religião, entende?... Se não quer ser lobo não lhe vista a pelle. Sou ministro de Deus, e não adulador de poderosos. Castigo os que erram! replicou o orador com um gesto inimitavel de desdem olympico. Castiga?

Foi discipulo, em dialectica, de Zénon d'Eléa; e de Anaxagoras, nas altas concepções philosophicas, adquirindo nos habitos serios de um estudo profundo e de uma reflexão aturada, uma certa majestade grave e serena, que em todas as suas palavras e em todos os seus actos transluzia, a ponto dos seus contemporaneos lhe darem o qualificativo de Olympico.

Ó meigo leão, como és imponente e formidavel, quando lambes magestosamente as plantas do teu deus ou do teu heroe! Ó onda alegre e sonora, que vais espraiar-te sob a janella do novo Fausto dos teus poemas eternos e mandar-lhe as fervidas notas da tua rumorosa serenata, tu és a grande voz da historia, tu és o olympico hymno da gloria, que se antecipa no coração da mocidade!

Porém ao cavalleiro, épico e sonhador, sorria o prazer d'essa noite d'amor. E entre a turba hostil de ferros e pendões ia, n'um galope, em loucos turbilhões, Qual outro Lohengrim, olympico e risônho, Correndo á embriaguez balsamica d'um sonho. Algum tempo depois, banhada de luar, Fundindo-se em paixão fogosa a latejar,

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