United States or Mexico ? Vote for the TOP Country of the Week !


"Sou de tão alta linhagem como tu; porque venho do semel de reis, como tu, senhor de Biscaia." "Se sabeis quem eu seja, offereço-vos a minha mão, e com ella as minhas terras e vassallos." "Guarda as tuas terras, D. Diogo Lopes, que poucas são para seguires tuas montarias; para o desporto e folgança de bom cavalleiro que és.

Pois quanto mais a filha mostra a perna E a linguagem mais cheira a taberna Mais acode o concurso hoje em Lisboa Que até na côrte, em gripho, inda resôa A fama de Cascaes e os lindos fados Que por se dançaram, e os trinados Da banza afidalgada; haja folgança Que n'este mundo ha prazer e pança. Na insulsa peça o Palha chocarreiro voto de peso ao bilheteiro; Com este é tudo bom.

E porém nós, demovido ácerca de tua pessoa com especial favor, por algumas razões, de que ao diante esperamos paz e folgança n'esses reinos, querendo condescender a tuas preces e de el-rei Dom Affonso, teu padre, que por suas letras por ti a nós humildosamente supplicou, para casares com qualquer nobre mulher, devota á santa igreja de Roma, ainda que por linha transversa de uma parte no segundo grau e d'outra no terceiro, sejaes dividos e parentes, e isso mesmo ainda, que por razão de outras duas linhas collateraes, seja embargo de parentesco ou cunhadia entre vós no quarto grau, licitamente por matrimonio vos podeis ajuntar: nós, por apostolica auctoridade, de especial graça, tudo tiramos e removemos, dispensando comtigo e com aquella com que assim casares, de nosso apostolico poderio, que a geração que de vós ambos nascer ser legitima sem outro impedimento.

Porém, requeremos á tua real clareza, que sempre, com firme desejo, vivas em temor do Senhor Deus, honrando a sua santa igreja, e, sendo favoravel ás ecclesiasticas pessoas, as mantenhas sempre em seus direitos e liberdades; e que sejas amador e defensor das viuvas e dos orfãos, alçando os aggravos aos teus subditos, que lhes não seja feita injuria; e que, sem recebimento de alguma pessoa, sempre sejas honrador e amador da justiça, de guisa que, por tuas obras, sejas chamado por nome de rei que bem rege: e sei certo, se o assim fizeres, que sempre em teus dias viverás em paz e folgança, havendo Deus em tua ajuda, e a sua santa igreja te haverá em sua encommenda, sendo prestes para toda a tua honra e cumprimento de justas petições.

Has de dar-me o teu abraço, E inspirar-me n'essas tardes Em que o sol é mui baço, E se perde no horizonte Como a nuvem n'esse espaço. Porque não, meu anjo lindo? Vamos ambos pelo braço. Tu has de ir comigo á festa, Como a mariposa á flor, Has de n'essa folgança Fazer de mim trovador. Tu não sabes quanto é bello Ser inspirado d'amor?! Vamos primeiro ao mercado, E depois serás cantor.

A meu ver, deviamos pôr em gritos a alegria e a esperança, que até os nossos cabritos desde hontem, co'a folgança, não cuidam de pascer. E todo o gado retouça, toda a tristeza se quita; com esta nova bemdita todo a mundo se alvoroça. oh!, que alegria tamanha, a montanha e os prados refloriram, porque agora se cumpriram nesta mesma cabana todas as glórias de Espanha.

Subindo ao cadafalso, disseram como uma estrella os guiára até Jerusalem, e como desta cidade, depois de mui trabalhado e duvidoso caminho, tinham acertado em vir a Bethlem, e com grande folgança encontravam ahi o presepe, para fazer seu offertorio, o que em verdade era cousa mui piedosa d'ouvir. O povo agitava-se, e do meio delle saíam gritos descompostos, que augmentavam o tumulto.

N'um banquete monstro, S. Mathias e a Oriola congraçavam, comendo ao lado uma da outra, na melhor harmonia e folgança; e no intuito de sagrar esta confraternagem, a viuva accedera vir a casa de seu cunhado, sem quebrar as juras que fizera, pois não passaria o terreno neutro do pateo.

Mas, em compensação, ella, a minha formosa andaluza, tem uma cousa que nenhuma mulher d'este mundo é capaz de ter ella tem o salero, isto é, o desprendimento olympico, titanico, por tudo quanto é vida e amor, o doce laisser-aller da arte, que é luz, e magnetismo luz, que abrasa em sua chamma aquellas candidas borboletas dos cafés, magnetismo, que adormece em seus braços aquellas ternas andorinhas, como as outras aves, suas irmãs, sequiosas de ar, de prazeres mundanos, de folgança, mas folgança, perfeitamente real, selvagem como o matar de um touro, o esfaquear de uma creatura, ou o abrazar de uma consciencia ella, a hespanhola, ella não é verdadeiramente uma mulher, mas muito mais do que isso: ella é um rapaz de saias, um pequeno demonio alegre, juvial, attrahente, um doce mysterio de dois sexos, incomprehensivel, que ao mesmo tempo participa de um, pela virilidade, pela audacia, pelo arrojo, e de outro pela meiguice inconsequente, pelo rir suavemente acariciador, e pela ternura extraordinariamente singular que as reveste.

Depois, que procura? Os traços comicos dos homens e das cousas, para os expor ás gargalhadas d'um publico ávido de folgança e avesso a tomar a vida a serio? Não.