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Atualizado: 13 de junho de 2025
Ora, está claro que irá casar com o homem a quem ama, e que foi o primeiro a quem teve amor, e cujo coração terá martirizado casando com o principe. E bastará o arrependimento... O acto que terá mais a peito será o de remediar a propria falta. Hum! rosna Mozgliakov pensativo, a contemplar os bicos das botas.
Repito-lhe que quero tomar em plena liberdade a minha decisão, e se eu em conclusão lhe declarar que o rejeito, nem por isso depois me deve increpar por lhe ter dado esperanças. E fique isto assente por uma vez! Mas então, então! exclamou Mozgliakov em voz de mais em mais supplice, será isso uma esperança? Poderei fundar uma qualquer esperança n'essas suas palavras, Zinaida Aphanassievna?
A sorte reserva á nossa heroina ainda outra prova. Abre-se a porta, e dá entrada o Mozgliakov, a quem ella suppunha em casa de Borodoniev. A previdente senhora estremece como se o que quer que fosse lhe houvera trespassado o coração. Mozgliakov pára nos umbraes da porta, um tanto intimidado, e põe-se a examinar a assembleia. Não consegue dominar o sobresalto a ler-se-lhe no semblante.
Zinaida Aphanassievna!!! Zina! Zina! Minha filha! Sou um miseravel, Zinaida Aphanassievna, um miseravel, e nada mais!... Produz-se um reboliço estupendo, uma vozearia de espanto, de indignação, de atroar a tudo. Mozgliakov ficou que nem que fôra de pedra, incapaz de pensar, de falar.
Meu amigo, diz em apiedada voz Maria Alexandrovna e estende-lhe a mão, praticou esse seu acto no ardor do seu affecto, estava exasperado, nem sequer tinha consciencia do que fazia. E ella não deixará de o avaliar. Amo-a com loucura e estou prompto a sacrificar-lhe seja o que for! clama o Mozgliakov. Ora escute, justifica-lo-hei aos olhos d'ella. Maria Alexandrovna!
Eram irreprehensiveis as iguarias, aquelle ladrão do Nitichka esquecera-se de as chamuscar. A dona da casa desvelava-se em electrizar os seus hospedes com os enlevos da sua amabilidade. A Zina, comtudo, mantinha gélido silencio, e o Mozgliakov nem por isso estava nos seus dias.
Quando o Mozgliakov mettia o caso a ridiculo e pretendia que era urgente casál-o, li no semblante á mamã o pensamento. E d'ahi, foi para me falar n'esse jarreta que a mamã principiou por se referir ao Mozgliakov. Mas esses seus sonhos aborrecem-me de morte, não sei se sabe? E peço-lhe que fiquêmos por aqui!... Nem mais uma palavra, entendeu, mamã? Nem mais uma palavra!
E eu, que com os meus proprios ouvidos, ouvi, n'este instante, provas d'esse tal louco affecto, replica ironico Mozgliakov. Muito bem! Mas em que termos se lhe dirigiria o senhor?
Ah! agora, agora estou vendo quem foi o autor de tudo isto! exclama fora de si Maria Alexandrovna com os olhos fitos em Mozgliakov. Foi o senhor, o senhor! homem sem dignidade! Foi o senhor! Enganou este pobre idiota para se vingar de ter apanhado um não pelas ventas! Mas tu m'as pagarás, miseravel! Tu m'as pagarás, deixa estar!
Concordava toda a gente em que tão escandalosa historia não deixaria de dar brado, e podia, até, "ir muito longe". Mozgliakov nem sabia já que fazer á sua vida. A situação, effectivamente, antolhava-se perigosa. Não fôra elle quem accarretara com o principe para casa de Maria Alexandrovna? Não fôra elle tambem que carregara com elle para o hotel?
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