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Atualizado: 13 de junho de 2025
Comia pouco, estava muito preoccupado, a pensar; e, coisa que raras vezes lhe succedia, Maria Alexandrovna estava inquieta. A Nastassia Petrovna, mazomba, fazia ás escondidas signaes ao Mozgliakov e este sem dar por tal. A não serem Maria Alexandrovna e o principe, haveria descambado em jantar de enterro.
N'este lance, eis se abre a porta e investe pela sala dentro o Mozgliakov fulvo de raiva! Ouvi tudo, tudo! A Zina a fitar-lhe uns olhos espantados. Ah! E são esses os seus sentimentos! exclama com a voz tomada. Até que por fim aprendi a conhecêl-a! Atreve-se a falar-me assim? Dá um passo para o mancebo. Tudo ouvi! insiste solemne o Mozgliakov, recuando porém um passo, mau grado seu. Ouviu?
Deserta... então para quê? perguntou, distrahido, Mozgliakov. Está... claro... De... deserta, não, mas habitada por gente com juizo. E depois arranjava-lhe distracções... theatro, mu... musica... ba... bailados e tu... tudo isso por conta do Estado.
Com que então o principe já está acordado? E a dizer-nos que estava ainda recolhido, acode Natalia Dmitrievna a enterrar pelo chão abaixo Maria Alexandrovna com uns olhos em que transluz odio e triunfo. Não lhe dê cuidado o principe, Natalia Dmitrievna, replica o Mozgliakov; está acordado, e, graças a Deus, recuperou as suas faculdades.
Como se já se não estivesse vendo o sufficiente! retruca a Zina muito de rijo, a medir com uns olhos desdenhosos o recem-rejeitado. Mozgliakov precipita a retirada, espavorido pela expansão vocal da donzella. Vem de casa do Borodoniev? resolve-se por fim a perguntar Maria Alexandrovna. Não; venho de estar com meu tio. Com seu tio? Esteve com o principe? Ai meu Deus!
Elle a querer desviar a conversa para o assunto do casamento, e nem sequer sabe o motivo, mas referve-lhe lá dentro uma maldade, infame. De subito, eis que exclama o tio, muito espantado: Ai! meu amigo! E eu que me esquecia de t'o par... parti... cipar... Saberás que fiz ho... je o meu pe... pedido! O seu pedido, tiozinho?... exclama Mozgliakov animando-se acto-continuo.
Mas se me dá licença, mamã! está falando como se eu já estivesse casada, ou pelo menos como se o principe me tivesse já pedido em casamento... Lá quanto a isso não te dê cuidado, meu anjo, sei o que estou dizendo. Deixa-me continuar. Eu disse primeiramente, e ahi vae o segundo ponto: Comprehendo, minha filha, quanto te contraría o dares a mão de esposa a este Mozgliakov...
E resolver-se a senhora, com a sua educação, as suas maneiras, a representar semelhante papel! Santo Deus! Mozgliakov está aos pulos na cadeira. Maria Alexandrovna, não posso ouvir-lhe uma palavra mais! Melhor será que se lembre do que está fazendo, a despeito da sua educação e das suas maneiras, e diga-me se lhe assiste o direito de accusar a outrem!
Que me diz! E o Mozgliakov a prometter-me... Pois sim! O tal seu Mozgliakov a quem a senhora não se farta de pôr nas nuvens!... Está em casa delles! Olho n'elle! Veja lá se o obrigam a jogar as cartas e principia para ahi a perder como succedeu o anno passado. E o principe é capaz de se deixar limpar que nem um prato. E que calumnias que ella inventa, aquella Natachka!
Está... c... claro... por que é que eu me... n... não hei-de casar? acóde o principe, atrapalhado. Tiozinho! exclama o Mozgliakov. Está... c... claro, meu amigo, já te percebi. O que eu queria dizer-lhes, minhas senhoras, é que me não posso casar.
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