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Replicára o conego, perguntando-lhe se lhe seria então indifferente a vida ou a morte de Luiz. Antes quero que viva. Porque o ama ainda? Porque me queria vingar... Vingar-se!... Sim... vingar-me pelo remorso...

Em 1873, José Gomes Monteiro saiu a vingar a velhice de Castilho desaffrontando-a de accusações que lhe foram feitas com a publicação do livro Os criticos do Fausto do sr. visconde de Castilho. Estava a esse tempo no plano inclinado por onde a velhice enferma resvala á sepultura. Não obstante, cobrou forças para escrever rapidamente um livro de 190 paginas, que Camillo Castello Branco e eu vimos nascer quasi dia a dia. Não me admirei do esforço, e a mim proprio o explicava, sempre que na redacção do Primeiro de Janeiro recebia um bilhetinho de Gomes Monteiro concebido n'estes termos: «Ámanhã, a tal hora, em casa do Camillo». José Gomes Monteiro, replicando com auctoridade ao azedume com que os criticos de Castilho cairam sobre a traducção do Fausto, lavrava um protesto energico em nome da velhice desconsiderada, e desabafava, n'uma dolorosa fadiga para a sua penna, as maguas intimas que as ingratidões de que a vida das lettras está eriçada tinham posto no seu coração. Esse livro era o seu testamento litterario, resalta d'elle a indignação da senectude desgostosa, que sente fugir-lhe de um lado, roubado pela morte, o apoio dos seus pares, e do outro o respeito da gente moça. N'este caso a velhice morre como os dois Carvajal, que emprazaram Fernando IV a comparecer no tribunal de Deus; a velhice empraza a mocidade irreflectida a comparecer no tribunal da Historia. «Não ha espectaculo mais repugnante do que o d'um mancebo insultando um ancião benemerito, dizia elle na penultima pagina.

Para logo se lhe accendeu o coração em labaredas do inferno, e se lhe requeimou a garganta como a do tigre dos palmares quando tem sêde de sangue. Era, porventura, um soldado francez que o vinha apunhalar, de noite, suppondo-o a dormir, talvez por ciume da barregã com quem passára a noite, ou para vingar o odio que aquelle prisioneiro nutria contra os francezes.

Os indios percebem que o valente capitão os não póde ferir, e lançam-se sobre elle como chacaes. Deitam-n'o por terra, e elle ainda se ergue uma e mais vezes com esforço heroico, a clamar pela sua gente; mas ninguem o ouve nem lhe póde acudir. Nem um d'entre elles, diz Pigafetta, havia que não estivesse ferido e pudesse soccorrer ou vingar o seu chefe.

Senhora, exclamou Ernesto com dignidade, ha procedimentos, que nem Cicero com toda a sua eloquencia, poderia explicar satisfatoriamente, e o seu, é um d'elles; e, se eu, vendo-me enganado, me quizesse vingar, se eu n'este momento em que a vida me é indifferente, commettesse um d'esses crimes que lança o desespero nos homens, seria mais desculpavel ainda ante os homens do que a senhora ante a sua consciencia.

Aquillo são reminiscencias de Lisboa, Isaura, exclamou Leonor, rindo. Quiz-se vingar de alguma pallida que o magoou.

Então a pallida e adoentada Tilly deitou-se sobre a pobre criança a quem chamava irmão, por causa da sua desgraça commum. Perdão, perdão! gritou ella, oh! não lhe faça mal. Mas a velha, como se não ouvisse esta supplica afflictiva, batia á vontade para vingar a sua gamella. E Gella?

Quando Damião, grandemente desconsolado por ter de sahir de Portugal sem vingar o conde, obedecia ás ordens recebidas, foi colhido de sobresalto por uma noticia que, segundo elle affirmou, por pouco o não matava de prazer.

Diz elle que que o fidalgo teima em lhe pôr as chaves em casa e que todo se espinhou por elle lhe querer ser prestavel, vae fazer o bem que podér a sua familia, e melhorar a quinta e a Casa Mourisca, e que ainda que tenha de empenhar os seus teres e os dos filhos, se ha de vingar do fidalgo, fazendo-lhe todo o bem que estiver na sua mão. E tirem-lhe isso da cabeça!

Dêem-me o destino que quizerem. Inflijam-me o castigo que mereço. Estavamos todos calados. F... adiantou-se para o centro da sala e ergueu a voz: Castigar é usurpar um poder providencial. A justiça humana que se apodera dos criminosos não tem por fim vingar a sociedade, mas sim protegel-a do contagio e da infecção da culpa. Todo o crime é uma enfermidade.