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Atualizado: 10 de maio de 2025
Em 1873, José Gomes Monteiro saiu a vingar a velhice de Castilho desaffrontando-a de accusações que lhe foram feitas com a publicação do livro Os criticos do Fausto do sr. visconde de Castilho. Estava já a esse tempo no plano inclinado por onde a velhice enferma resvala á sepultura. Não obstante, cobrou forças para escrever rapidamente um livro de 190 paginas, que Camillo Castello Branco e eu vimos nascer quasi dia a dia. Não me admirei do esforço, e a mim proprio o explicava, sempre que na redacção do Primeiro de Janeiro recebia um bilhetinho de Gomes Monteiro concebido n'estes termos: «Ámanhã, a tal hora, em casa do Camillo». José Gomes Monteiro, replicando com auctoridade ao azedume com que os criticos de Castilho cairam sobre a traducção do Fausto, lavrava um protesto energico em nome da velhice desconsiderada, e desabafava, n'uma dolorosa fadiga para a sua penna, as maguas intimas que as ingratidões de que a vida das lettras está eriçada tinham posto no seu coração. Esse livro era o seu testamento litterario, resalta d'elle a indignação da senectude desgostosa, que sente fugir-lhe de um lado, roubado pela morte, o apoio dos seus pares, e do outro o respeito da gente moça. N'este caso a velhice morre como os dois Carvajal, que emprazaram Fernando IV a comparecer no tribunal de Deus; a velhice empraza a mocidade irreflectida a comparecer no tribunal da Historia. «Não ha espectaculo mais repugnante do que o d'um mancebo insultando um ancião benemerito, dizia elle na penultima pagina.
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