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Atualizado: 18 de junho de 2025
«Lastimo-os, sim», respondeu Norberto, e na inexpremivel emoção de tantas maguas e de tantos erros, esses dois entes trocaram o primeiro beijo de amor que um e outro deram e receberam.
Possamos lua e sol, ver outras tantas vezes, Antes que d'este amor se rompa o doce laço; Mas seguem-se á ventura as maguas, os revezes, E vejo-vos caído, ha pouco, em tal cansaço, Tão triste, meu senhor, tão triste e tão mudado, Que não posso esconder mais tempo o meu cuidado. Mas que não se perturbe o vosso animo forte Porque inquieta eu sou, e ousei pensar na morte.
Viveu rodeado de mocidade, das alegrias da primavera e das maguas dos vinte annos, maguas que são fecundantes como os chuveiros d'abril. Ora as moças lhe chilriavam em torno as alegrias dos seus desejos: S. João, as moças hoje Vos pedem que as caseis;
Em 1873, José Gomes Monteiro saiu a vingar a velhice de Castilho desaffrontando-a de accusações que lhe foram feitas com a publicação do livro Os criticos do Fausto do sr. visconde de Castilho. Estava já a esse tempo no plano inclinado por onde a velhice enferma resvala á sepultura. Não obstante, cobrou forças para escrever rapidamente um livro de 190 paginas, que Camillo Castello Branco e eu vimos nascer quasi dia a dia. Não me admirei do esforço, e a mim proprio o explicava, sempre que na redacção do Primeiro de Janeiro recebia um bilhetinho de Gomes Monteiro concebido n'estes termos: «Ámanhã, a tal hora, em casa do Camillo». José Gomes Monteiro, replicando com auctoridade ao azedume com que os criticos de Castilho cairam sobre a traducção do Fausto, lavrava um protesto energico em nome da velhice desconsiderada, e desabafava, n'uma dolorosa fadiga para a sua penna, as maguas intimas que as ingratidões de que a vida das lettras está eriçada tinham posto no seu coração. Esse livro era o seu testamento litterario, resalta d'elle a indignação da senectude desgostosa, que sente fugir-lhe de um lado, roubado pela morte, o apoio dos seus pares, e do outro o respeito da gente moça. N'este caso a velhice morre como os dois Carvajal, que emprazaram Fernando IV a comparecer no tribunal de Deus; a velhice empraza a mocidade irreflectida a comparecer no tribunal da Historia. «Não ha espectaculo mais repugnante do que o d'um mancebo insultando um ancião benemerito, dizia elle na penultima pagina.
Todos lhe queriam fallar e tocar, perguntando-lhe, cada um por sua vez, a historia, que ella repetia sempre, contente por poder desabafar as suas máguas. Os que não conseguiam chegar até junto d'ella abraçavam a senhora Angelica, davam-lhe os parabens, tinham-n'a já como uma gloria patria, quasi uma padeira d'Aljubarrota. Ella andava radiante, contando e recontando o caso.
Parece um «rural boy»! Sem brincos nas orelhas, Traz um vestido claro a comprimir-lhe os flancos, Botões a tiracollo e applicações vermelhas; E á roda, n'um paiz de prados e barrancos, Se as minhas maguas vão, mansissimas ovelhas, Correm os seus desdens, como vitellos brancos.
Eu á Sciencia estranho e bom jarreta, eu que penso em morrer, por ser um vivo que fecha a mala e puxa da gorgeta, encontro ás minhas maguas lenitivo crendo que ambas as coisas não são pêta. Tudo em roda de mim é o grande effeito d'uma causa maior, cuja existencia dois principios envolve fatalmente; amor e omnipotencia: poder que salva; amor sempre clemente. Isto me fique ao menos!
Sendo assim, porque a vida tu me roubas e da consorte minha com teu arco? Mas já que és innocente no teu erro, não te maldigo, mas attento escuta: Assim como chegou para meus dias inesperado termo, pelas máguas que me instillou a perda de meu filho, assim, ao cabo da carreira tua, hás de deixar a vida pesaroso, e chamarás debalde por teu filho. Debaixo deste anathema pesado, voltei para cidade.
Desde manhã que uma chuva miudinha e impertinente cahia sem cessar. O céo, muito pesado, muito baixo, esmagava o meu espirito, fazia-me soffrer de quantas maguas inconfessadas existem na vida tão cruel, tão absurda ás vezes! A lama na estrada chegava ao passeio; as arvores lamentavam-se desoladamente, todas gottejantes e trémulas, chorando a primavera que tanto, tanto custava a chegar esse anno!
Callados e atravez da grande sombra escura Dos cerrados pinhaes e augustos castanheiros, Como as almas leaes e antigos companheiros, Unidos a gemer a mesma desventura! E eu sentia-te, ó grande e triste Abandonada! Em meu seio verter as tuas fundas maguas, Ao rythmo trivial e nitido das aguas, E á alva e fina luz da hostia levantada!
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