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Um ou outro homem encosta a face á mão, abraça os horisontes com uma vista scismadora, afina a harpa da sua alma pela toada sonorosa dos pinhaes; compõe das notas lugubres da tempestade a harmonia tetrica, e desfigura-se, e poetisa, e parece não querer nada de commum com a fraca natureza humana.

Nos seus habitos de vida, essencialmente urbana, eram tão raras as occasiões de se ver assim entre arvores e fóra do povoado, principalmente áquellas horas do dia, que o facto estava-lhe causando uma impressão singular. Parecia-lhe um mundo novo; e alli, a dois passos de casa! Internou-se por pinhaes e campos, até perder de vista a estrada. Parou emfim.

O mundo recua para muito longe, para além dos pinhaes e das collinas, como uma miseria esquecida: e estamos então realmente na felicidade de um convento, sem regras e sem abbade, feito da religiosidade natural que nos envolve, tão propria á oração que não tem palavras, e que é por isso a mais bem comprehendida por Deus. Depois escurece, ha pyrilampos nas sebes.

Rumorosos Susurram os pinhaes meditativos, Encostados ás grades, os captivos Olham o céo e choram silenciosos. Tres cavalleiros seguem lentamente Por uma estrada erma e pedregosa. Geme o vento na selva rumorosa, Cae a noite do céo, pesadamente. Vacilam-lhes nas mãos as armas rotas, Têm os corceis poentos e abatidos, Em desalinho trazem os vestidos, Das feridas lhe cae o sangue, em gotas.

A vinha do passal perfumava a atmosphera como uma enorme corbêlha de reseda e os pinhaes, os soutos e os olivedos reviveciam n'uma vida fresca, novinha em folha. Errava no ar uma tal expressão de vida natural, que inconscientemente todas as boccas se abriam em risos.

O Silencio reinava: era o Senhor Da noite e da paisagem, e o seu Reino Para além das estrelas se estendia... Por um longo caminho esbranquiçado, Entre pinhaes sombrios e confusos, A Morte cavalgava a largo trote. As patas espectraes do seu Cavalo Ouviam-se bater na terra dura E sonora que o gêlo trespassava.

«A casa, onde vivo, rodeiam-na pinhaes gementes, que sob qualquer lufada desferem suas harpas. Este incessante soido é a linguagem da noite que me falla: parece-me que é voz d'além-mundo, um como borborinho que referve longe ás portas da eternidade.

Ia alta a noite, e a brisa fria do norte, cantando nos pinhaes, fazia-me nas orelhas uma sensação desagradavel. Pedi ao contemplativo Castro que fôssemos continuar as doces réveries no nosso quarto. Estavamos ainda a , duas horas depois. De instante, a instante, chegava-nos o ecco d'um gemido agudo. Eu sahia, de vez em quando, a informar-me, e voltava sempre com boas esperanças para o meu amigo.

Então? dizia de cima o Ricardo. o nosso reitor diz que estamos em Lourosa. Para onde nos leva você, ó doutor? Não seja impaciente; andando, andando que não se hade arrepender, respondia Claudio. Eu sei ! Desconfio... Apenas se passa a aldeia, a estrada perde-se serpeando nos pinhaes bastos e sem interrupção que cobrem aquella região de monticulos e desfiladeiros.

"Sou doido... passeio em sitios êrmos, Através dos pinhaes, á luz da lua Que traz, no seu palôr, delidas manchas De phantasticos montes e desertos, Silencios de outro mundo, soledades De paisagens defuntas que o Remoto, Com suas mãos de sombra, amortalhou. "Amo o Silencio, o Luar, a Solidão... Sim, porque sei falar ao meu espirito Que me fala e contempla... e é outro Sêr...

Palavra Do Dia

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