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Atualizado: 25 de setembro de 2025


O conde passeava no campo com mademoiselle Rize; lord Grenley fumava, cheio de tédio, o seu cachimbo de opio; eu jogava as armas com os officiaes inglezes; D. Nicazio negociava; Rytmel tinha um ar feliz e mysterioso; a condessa recebia, guiava os seus poneys, e todas as noites, no theatro, fazia reluzir ao gaz o louro esplendor dos seus cabellos e a pallidez preciosa das suas perolas. Santa paz!

Eu dirigi-me logo aos quartos de D. Nicazio. Carmen estava . Sabe o que fez? disse-lhe eu. Perny está ferido. Isso cura-se, eu mesma o curarei... agora o que é sério, é o que se está tramando aqui dentro d'este hotel... Eu não sei bem o que é, desconfio apenas... Diga ao conde que vigie a condessa! Eu encolhi os hombros, dirigi-me ao quarto da condessa: estava o conde, Rytmel, e Lord Grenley.

Eu ali ficava para cumprir um dever melancholico: acompanhar a Cadiz aquella infeliz Carmen, ainda ha pouco de uma belleza tão radiante, e agora vencida pelas amargas penitencias. Lord Grenley, que ia para Cadiz dentro de quatro dias, tinha-nos offerecido, a Carmen e a mim, o seu yacht. Aceitei com alegria.

E dizendo isto, estremeceu, fallou desvairadamente em Malta, em Sevilha, em Rytmel, e, dando um gemido profundo, morreu. O sino de bordo começou a tocar lentamente, Lord Grenley curvou-se, beijou-lhe a testa, e cerrou-lhe os olhos. Eu chorava. Então um velho marinheiro approximou-se, e sobre aquelle corpo, que fôra Carmen, estendeu a bandeira ingleza.

O ferimento de Perny fôra declarado sem perigo, o capitão estava tranquillo. Conversava-se alegremente. Combinava-se uma visita á ilha de Gozzo, a oito kilometros de Malta. Grenley tinha proposto a excursão, e offerecia o seu yacht. O conde esquivava-se, dizendo que o mar o incommodava, no estado nervoso em que estava.

A confissão de Carmen foi longa. Quando terminou quiz fallar-me. Adeus! disse-me ella, vou morrer. Disse-lhe que não, quiz dar-lhe esperanças ephemeras. Não, não, respondeu ella, nada de enganos. Tenho coragem. Quem a não tem para ser feliz? Chame lord Grenley. Começou então diante de nós a fallar da sua vida.

O vento começava a assobiar. Adeus, disse-me ella. Dê-me a sua mão. Bem. Fui uma boa rapariga, por fim... Um pouco estroina, talvez... Lord Grenley, obrigada. Que tristeza, ter morrido alguem no seu yacht!... Que é aquillo, além, ao longe?

Sabe que este Grenley não vae? Porque? como assim, mylord? Um jantar official com o governador disse Lord Grenley, é horrivel. Tenho uma pena immensa... Ás sete horas fomos buscar a condessa. O marido acompanhou-nos até o caes Marsa-Muscheto.

Nomearam-se padrinhos n'essa noite. Combinou-se que o duello não fosse em Malta: Rytmel era official, e os duellos nas praças d'armas têem as mais severas penalidades. Era difficil, porém, estando n'uma ilha ingleza, não se baterem em territorio inglez. Resolveu-se então que o duello fosse no alto mar, a um tiro de canhão da costa ingleza. Lord Grenley emprestou o seu yacht e partimos de madrugada com um vento fresco e um sol alegre. As cousas foram rapidas. Puzemo-nos á capa a 5 milhas de Malta, arriámos o pavilhão inglez, a marinhagem subiu ás vergas, e como havia egualdade de nivel, um dos adversarios foi collocado á pôpa e outro á prôa. O sol davanos de estibordo.

O inferno é uma visão, minha pobre senhora! dizia o capellão. Os castigos de Deus não são feitos com o fogo. Tem razão, tem razão. Sinto-me morrer, venham todos. Lembrem-se de mim, sim? Alguns marinheiros tinham-se approximado. O capellão ajoelhou: todos tiraram os barretes, resavam baixo. Lord Grenley ficara de , descoberto, immovel. Grossas nuvens escuras corriam outra vez no ceu.

Palavra Do Dia

vanderwelde

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