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D'isto é que os mestres em romances se escapam sempre. Bem sabem elles que o interesse do leitor se gela a passo igual que o heroe se encolhe nas proporções d'estes heroesinhos de botequim, de quem o leitor dinheiroso foge por instincto, e o outro foge tambem, porque não tem que fazer com elle. A coisa é vilmente prosaica, de todo o meu coração o confesso.

Quando o Cesar cruel viu esse pranto de que gostou seu genio monstruoso á Sombra disse Acho um secreto encanta n'este gélido objecto curioso!... Deixa-a ficar que causará espanto ao meu povo selvagem tenebroso, e assim lhe ensine n'um terror mortal como é que gela a lagrima final!

Passo pálida e triste. Oiço dizer «Que branca que ela é! Parece morta!» E eu que vou sonhando, vaga, absorta, Não tenho um gesto, ou um olhar sequer... Que diga o mundo e a gente o que quizer! O que é que isso me faz?... O que me importa?... O frio que trago dentro gela e corta Tudo que é sonho e graça na mulher!

Levantou-se o banqueiro torturado e mal a aurora avermelhou a terra, chamou a Fome, e livido, aterrado, disse á Sombra «Confessa-me o que encerra esse impassivel pranto amargurado que não sei o que tem me gela e aterra, tendo eu n'estas salas cem figuras das mais ricas marmoreas esculpturas

Bem lindos corpos onde a morta crava seus dentes, dormem sob o ceu perfeito! Mas, quando um genio como tu, no leito mata ao abandono a geração escrava, pelo universo, cumplice sombrio, corre um remorso, como um calafrio. «Por isso eu vim colher-te, inda tremente logo que expires, ó Genio, sem confortos, a lagrima de marmore imponente, que se gela nas palpebras dos mortos.

Seja embora uma duvida; é duvida que gela a oração no peito; quebra o animo para o bem-proceder; espanca a piedade do lar; e aconselha o estontecer-se e esquecer-se um homem coisa tão natural ao mundano egoismo ; ou então, o outro egoismo feroz e sombrio do frade que immola á sua propria salvação todos os affectos humanos. Ceo

Pois se o temor esfria e gela, e primeiro se faz sentir no coração, como diz o nosso Camões e disserão antes, e tem dito depois todos os grandes poetas; com a autoridade do mesmo Camões se prova que, se no campo de Aljubarrota, quando a trombeta Castelhana deo o sinal da batalha, o sangue acudio ao coração dos Portuguezes, e por consequencia se lhes concentrou alli o calor, não foi porque o temor fosse maior, mas, sim, porque era muito menor, que o perigo.

Das duas a mais nova, a que é sadía, a lapis, n'um papel, graciosos traços d'um corpo de mulher hontem fazia. No fim as palmas bate, e, erguendo os braços, «Olha a mamãgritou, «De longe basta... basta vêl-a d'ahi!... Não será ellaVolve-lhe a outra em voz que o sangue gela: Agora pinta uma madrasta! Miserrimos poetas que nós somos!

Mudára tudo em mim completamente: Resfriára-se o fogo dos desejos, E o sentimento despontava n'alma! Vaporosa, ideal, dentro de pouco A meus olhos surgíra uma figura Cuja forma gentil me arrebatava! No purissimo azul dos olhos castos, Tremiam, scintillando, algumas lagrimas; O sorriso, gelado á flor dos labios, Como gela o sorriso da virtude Quando pára assustada ante o peccado.

Gela meu ser ao sorriso terrest'e das virgens, que reflecte a tarde a rescender do olor de Pan! ... E o olhar dóe por no o esconder do ceo; pois para toda a alma dormir, do bello, o serafico azul é como um pezadêlo!

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