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Atualizado: 24 de junho de 2025
Se attentar, Nenhum bem posso esperar: E oxalá Que vos alembrasse ja, Sequer para me matar. Mas nem com isto creais Que façais Meus serviços mais pequenos; Porqu'eu, quando espero menos, Sabei qu'então quero mais. Nada espero; Mas de mi crede este fero, Qu'em ser vosso, Vos quero tudo o que posso, E não posso quanto quero.
Se geme o bufo agoureiro Só Marilia me desvella: Enche-se o peito de magoa, E não sei a causa della. Mal durmo, Marilia, sonho, Que féro leão medonho Te devora nos meus braços: Gella-se o sangue nas veias. E sólto do somno os laços Á força da immensa dor. Ah! que os effeitos que sinto Só são effeitos de Amor.
Não cabe aos ais tão intimos, dispersos Do cantor triste nome e gloria tanta? Esses aereos tão mimosos berços, Que, excepto o homem, o furor quebranta A quanto é fero e sanguinario, acaso Cada um d'elles não é um parnaso? Mais poesia em pobre margarida, Que aos pés se pisa, enthesoirada vejo, Que em muita madreperola polida Que as cinzas guarda de finado harpejo.
Inimigo cruel de toda a gente, Ja não quero teu bem, só meu mal quero; Se de ti nem meu mal se me consente. Inda que de teus bens ja desespéro, Não desprézo dos males o tormento; Antes o prezo mais, quando he mais fero. Arrebatado deste pensamento Hia o triste pastor com hum contino Pranto, que lhe avivava o sentimento.
Tu ſo, tu puro Amor com força crua, Que os corações humanos tanto obriga, Deſte cauſa aa moleſta morte ſua, Como ſe fora perfida inimiga: Se dizem fero Amor que a ſede tua, Nem com lagrimas triſtes ſe mitiga: E porque queres aſpero & tirano Tuas aras banhar em ſangue humano.
Esta do mesmo Rei era sobrinha, Filha da Imperatriz da grã cidade, Onde por culpa nossa, ou pouca dita, Seu throno agora tẽe o fero Scita.
De qual panthera, ou tigre, ou leopardo As asperas entranhas Não temêrão teu fero e agudo dardo, Quando por as montanhas Mais remotas e estranhas Ligeira atravessavas, Tão formosa que a Amor d'amor matavas?
E tu, gentil Senhora, não te obriga A pranto sempiterno a morte dura De quem por ti somente a vida amava? Por ti aos ecos dava Accentos numerosos; Por ti aos bellicosos Exercicios se deo do fero Marte. E tu ingrata o amor ja n'outra parte Porás, como acontece ao fraco intento: Que, emfim, emfim, dest'arte Se muda o feminino pensamento.
Eu, que elevo os Mortaes, e os esclarêço, Que méço a Lua, o Sol, que o Mundo abranjo, Que da vetusta Idade aclaro as sombras, Que entro por seus arcanos, e revóco D'entre o pó, d'entre a cinza, d'entre o Nada Ao Seculo vivente as Eras mortas; Que dócil fiz o indómito Oceano, Abysmo de pavor, de bôjo immenso, Que só por alta Lei não sorve a Terra; Eu, do grão Jove, Confidente e Imagem, Que do Fado os Mysterios desarreigo, E co'a Moral dos Ceos cultivo o Globo; Eu, a Sciencia, eu Fonte, eu Mãi das Artes, Que sei desirmanar na Intelligencia Entes, na fórma iguaes, na especie os mesmos, Tornando-os entre si tão desconformes, Qual dista do Selvagem bruto, e fero, Macio Cidadão, que as Léis polirão, Ah! não posso impetrar, colher dos Numes Para os Alumnos meus pavêz sagrado A teus golpes, Fortuna, inteiro, illeso!
E não se pendurárão dos salgueiros As cabras, de tristeza; mas negárão O pasto a si, e o leite a os cabritos. Prodigios infinitos Mostrava aquelle dia, Quando a Parca queria Princípio dar ao fero caso triste. Tionio meu, o Tejo crystallino, E as árvores que ja desamparaste Chórão o mal de tua ausencia eterna. Não sei porque tão cedo nos deixaste!
Palavra Do Dia
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