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Atualizado: 10 de julho de 2025
E suffocado de pranto, que rompia agora abundante, o desesperado pae ajoelhou junto do esquife, onde depoz com cautela o corpo da filha. Obrigado, menina Magdalena, por dar á minha pequena um logar ao pé de sua mãe; obrigado. Junto d'aquella santa parece-me que dormirá em socêgo... A minha pobre filha!
Parecia dormir serenamente, Immersa em vagos sonhos de creança. Annos passaram desde que morreu; Comtudo vibra intensa no meu ser, A sensação do beijo que me deu Poucos momentos antes de morrer. E julgo vel-a ainda á luz dos cirios, Deitada sobre o esquife funerario, Mais pallida que as petalas dos lirios, Mais branca do que as hostias do sacrario. Sonho de nupcias
Não sejamos mais especulativos do que foram os indifferentes que viram passar o esquife de Antonia, ao mesmo tempo que Eduardo marchava sobre Condeixa. Ahi fica esboçada a biographia do official que Venceslau Taveira encontrou em Santarem. Ai! se elle então morresse!
Sabemos que morreu, quando a patria descaía no sepulchro, porque elle era a voz da patria, o ultimo suspiro da nação agonisante, e era bem que se extinguisse, quando Portugal jazia amortalhado no manto de cavalleiro, tendo em redor do seu esquife as figuras sinistras e irónicas dos seus desapiedados conquistadores.
Os espias voltaram: tumultuando Na marinha de Ceuta homens, ginetes, Ao pôr do sol: as naus soltando as vélas, Proas á terra: o esquife após o esquife Entre a praia e as galés cruzando as ondas; Tudo do amir christão mostra a partida. O tigre português volta ao seu antro! Mas Ceuta... Com amargura. Profanada e serva és Ceuta! O que te amou qual pae jaz moribundo No seu leito de dor.
Ao chegar, porém, ao meio do circulo, que conseguiu romper, e quando ia a dirigir a palavra a Magdalena, reparou para o cadaver da creança do esquife, o qual continuava ainda pousado no chão; fitou os olhos n'aquella pallida e serena physionomia, ainda animada pelo mesmo sorriso de innocencia, e, apesar da debil claridade da hora, reconheceu a filha.
Não erguia os olhos, nem correspondia aos cortejos, quando algum raro encontradiço com memoria e coração reconhecia, n'aquella mulher encanecida e trôpega, a esbelta e irrequieta franceza de ha trinta annos, e machinalmente se descobria como se faz a um esquife coberto de crepe e assignalado por uma cruz amarella.
E os corvos, os fieis amantes das carnagens, Estos magros heroes, paladins de Jesus. Andavam rotos, vis, os pés chagados, nús. Finavam-se a rezar ante as santas imagens, E ouviam-nos bradar no meio das folhagens: Ó arvores em flor! vós sois esquife e cruz! Onde estaes hoje vós? nas grutas dos planetas, Inda hoje rezaes, ó pallidos ascetas, Luzes vivas da Lei! martyres solitarios?
No dia seguinte, facilmente o finorio percorreu a linha de trajecto da mysteriosa caminheira; e foi assim esbarrar, no termo do passeio, com o caixão da defunta, de que atraz se fez mensão. Do caso, sem detenças, correu a dar parte ao viuvo, de quem era conhecido. Acercam-se o viuvo e um bando de curiosos, do esquife, e abrem-n'o, ao pasmo de todos. Scena extranha!
Candido, na paz das solidões dormentes, Ignorando o mundo rancoroso e vil Aos cem anos inda, com a fé dos crentes, Punha olhos claros, simples, inocentes, Na estrellinha d'alva das manhãs d'Abril! Levará no esquife para os ceos a palma Da grandeza mansa, da virtude austera. Realisou no mundo a perfeição da Alma: Porque foi bondoso como a lua é calma, Porque foi um santo sem saber que o era!...
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