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O crescente de lua, que, seguido d'uma estrellinha, corria entre nuvens sobre os telhados e as chaminés negras dos Campos-Elyseos, tambem andava fugindo, mais lustrosa e mais dôce, por cima dos pinheiraes. As rãs coaxavam ao longe no Pego da Dona. A ermidinha de S. Joaquim branquejava no cabeço, nuasinha e candida... Uma das senhoras murmurou: Mas, não é a Gilberte!...

A peor hora era ao anoitecer. Depois de rezar o seu rozario, ficava junto á janella olhando estupidamente as gradações da luz poente; todos os campos pouco a pouco se perdiam no mesmo tom pardo; um silencio parecia descer, pousar sobre a terra; depois uma primeira estrellinha tremeluzia e brilhava; e diante d'ella era então uma massa inerte de sombra muda até ao horisonte, aonde ainda ficava um momento uma delgada tira côr de laranja desbotada.

Versos a este modo, e até somenos, brotaram por ali muitos nas temporadas luminosas, ou menos escuras; e em quasi todos elles brilhava, ou se entrevia, a estrellinha polar, para onde apontava o meu coração magnetisado. ¡Podera não! Todo o solitario tem sua visão de que se não desapega por mais que faça. O poeta das tristezas não sonhava senão Roma no Ponto Euxino.

Candido, na paz das solidões dormentes, Ignorando o mundo rancoroso e vil Aos cem anos inda, com a dos crentes, Punha olhos claros, simples, inocentes, Na estrellinha d'alva das manhãs d'Abril! Levará no esquife para os ceos a palma Da grandeza mansa, da virtude austera. Realisou no mundo a perfeição da Alma: Porque foi bondoso como a lua é calma, Porque foi um santo sem saber que o era!...

Ai! quem me dera poder-vos dizer que o senhor Antonio, á hora melancólica do crepusculo, fixava o ôlho lagrimoso na amplidão dos céos, espreitando o fulgor da estrellinha que o enamorava de !

Pelas torvas, fundas noites de invernada, Quando os lobos uivam, quando a neve cae, Que infinitos sustos n'uma tal morada, Para debil virgem tão desamparada Com um inocente nos seus braços... ai! Como é que não treme pelo seu menino? Como é que não chora seu piedoso olhar? Como é que o seu labio, fresco e matutino, Se abre n'um sorriso, precursor divino Da estrellinha d'alva quando vae raiar?!

Precisa grandes poltronas, grandes divans de verga... Dentro, na «nossa sala», ambos nos sentamos nos poiaes da janella, contemplando o doce socego crepuscular que lentamente se estabelecia sobre valle e monte. No alto tremeluzia uma estrellinha, a Venus diamantina, languida annunciadora da noite e dos seus contentamentos.

Arrotear os campos, fecundar a vinha, E nos olhos garços d'uma boieirinha, Ter duas estrellas virgens da manhã!... E tambem quizera, mortos castanheiros, Como vós erguer-me para o sol a flux, Dar tresentos anos sombra aos pegureiros, E n'um lar de choça, em festivaes braseiros, A aquecer velhinhos, desfazer-me em luz!... Oh, que noite negra, que invernia brava! Nem uma estrellinha pelo ceo reluz!

Palavra Do Dia

lodam

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