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Antes de expirar, entregou ao seu protector, que lhe assistiu aos ultimos momentos, a medalha da guerra peninsular, com que fôra condecorado, e que o sr. Leorne ainda hoje possue . O annel mysterioso, por expressa recommendação do moribundo, desceu com o cadaver á sepultura. Outra piedosa pessoa, a quem o sr.

Helena correspondeu tanto quanto a sua nobre alma lh'o permittia, a esta paixão que me inspirou. E se não abandonou o convento para vir salvar o pae moribundo e tornar feliz o homem que ella amava, é porque foi victima de alguma infame cilada que para sempre a perdeu.

Todos á uma desejavam encontrar esse homem, que, arriscando constantemente não a sua preciosa existencia, como tambem a de sua mulher e duas filhas, se chegava hoje ao leito do moribundo com palavras consoladoras, ámanhã amortalhava o cadaver de outro por cuja existencia batalhára até a ultima.

Foi a obra de Jesus. Não procurou êle salvar pela crítica um mundo moribundo. Não falou de interêsses a homens cujas almas estavam envenenadas pelo culto dos interêsses. Prégou no santo nome de Deus certas verdades até então desconhecidas. Estas poucas verdades que agora, desoito séculos depois da sua passagem, procuramos esforçadamente realizar, mudaram a face da terra».

Ella, acordando pouco a pouco d'aquelle infernal pesadello, sentia o doer da realidade muitas vezes peior que os sonhos maus. E a si mesma perguntava o que ficaria pensando Graça Strech: se julgaria criminosa a sua compaixão pelo ferido; se a presumiria demudada pela maldição do moribundo; se acaso o effeito d'aquella imprevista scena lhe haveria levado ao coração o aborrecimento ou o desprezo?

Diga-lhe isso, que eu levo a carta. Não fale em mim, não diga que eu vim . Antonio de Almeida escreveu. Ao despedir-se beijou Ludovina na face, e disse soluçando: «Será o beijo de um moribundo? «Não diga tal, sr. Almeida. «Se fôr...» e desentalando a voz dos gemidos que lh'a embargavam, proseguiu «se fôr... Ludovina... lembra-te sempre da situação em que te deu o seu ultimo beijo... teu pae.

"Nada temaes, senhores: disse Martim Vasques As ultimas palavras do mestre foram estas: a abobada não cahiu ... a abobada não cahirá!" O architecto, velho, não pôde resistir ao jejum absoluto a que se condemnára. No momento em que, ajudado por Martim Vasques e Anna Margarida, se quiz erguer cahiu moribundo nos braços delles, e aquelle genio de luz mergulhou-se nas trévas do passado.

Se o misero agonisante podesse comprehender a amargura com que o anjo lhe chorava a perdição no amor terreno, e a doçura que ha no affecto do homem aos mensageiros de Deus, despiria, rindo, o corpo enfermo, para se lhes unir, «para aspirar o goso celestial do amor sem termo». E logo, sem tardar, respondendo á voz do anjo, a Graça ungiu o moribundo.

Tinha livido e refegado o semblante, os olhos, a luzir com o fôgo da fébre, as mãos, seccas e transparentes. Quasi que nem respirar podia; era o estertor. Comquanto o houvesse desfigurado a doença, conservava retraços de formosura. Triste espectaculo, na verdade, aquelle rosto de tisico, do moribundo.

Foi então que a misericordia do tio Alameda se patenteou devéras; porque o moribundo, reconhecendo que a sua pobre Julia não podia ficar no mundo, mandou, na hora extrema, chamar o tio Alameda e disse-lhe numa voz apagada e apertando nas suas mãos febris as do bondoso velho: Tio José... esse anjo, que ahi está a chorar... vae ficar sem ninguem no mundo...