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Atualizado: 26 de junho de 2025
Senhores leitores do Balzac, segundo a Actualidade: O homem que nos vai apresentar o author da Comedia humana, vestido de farrapos bordalengos, é esse que ahi fica... ás moscas, até ao numero seguinte. Agora, duas palavras graves. O snr. Theophilo Braga mandou acorrentar este house-dog á porta da Actualidade. Fez mal.
«O homem, um dia, traduziu Balzac. Dizia elle que ia traduzir novellas para que o publico soubesse onde os romancistas portuguezes ceifavam, a furto, as suas messes. Era contra mim que o doutor desempolgava a flecha. Ai do Balzac, se o avaliaram na injuriosa versão do meu malsim! «Eu tinha então oitenta volumes com o meu nome, oitenta provocações atiradas á cara juvenil do prodigio.
Balzac descreve uma senhora rodeada de homens desvanecidos, gentis, espirituosos, de notavel fama ou nome illustre, de baixa e alta condição, e acrescenta: Auprès d'elle tout a blanchi. O snr. Silva interpreta assim a phrase: Tudo isto via embranquecer á beira d'ella os proprios cabellos.
N'este exercito, cujos generaes se chamam Flaubert, Zola, Daudet, são os Goncourt que vão na vanguarda, desbastando a grande floresta, em que Balzac foi o primeiro a penetrar, com as suas passadas de gigante e a força herculea do seu machado de explorador.
Tendo meu companheiro concluido a leitura de Balzac, á instancias minhas, passou-me o volume, mas constrangido pela opposição de meu parente que receiava dessa diversão. Encerrei-me com o livro, e preparei-me para a lucta.
Foi já um phenomeno divino, mas é hoje um anachronismo e uma brutalidade sem nome. Em tres seculos os armamentos actuaes pertencerão aos museus archeologicos. São precisos os exercitos permanentes, para quê? Para que os ricos durmam descançados, como dizia Balzac?
N'esta França, attenta e alheada nos apparecimentos de cada dia, taes como, de manhã, AS ORIENTAES, depois A CARNAGEM DE MISSOLONGHI de Eugenio de Lacroix; ao meio dia, os discursos de Thiers; á noite, a opera de Meyerbeer; no dia seguinte, um romance de Balzac, uma canção de Alfredo de Musset, entre nós, aquelle mancebo tinha, de pouco, revelado Hoffmann e os seus contos.
O verdadeiro naturalismo seria então creado pela primeira vez, tal como Shakespeare o presentiu no seu espirito barbaro e sublime, tal como Balzac o realisaria se não houvesse morrido no extazi mal definido ainda do seu descobrimento genial!
Pelo contrario, Balzac, talvez por negligencia, senão por odio da mesma burguezia que tão desapiedadamente elle escalpellou, está na Père-Lachaise! E, no entanto, quem o julga menor por isso?
Balzac escreveu a «physiologia»; outro, que me não vem á memoria, escreveu «anatomia do coração»; faltava uma «pathologia» que apparece agora, e, mais tarde, se me não faltar a vista intellectual, que já sinto muito cançada, escreverei a «Pharmacia do casamento» que hei-de dedicar a uma outra D. Fulana, que eu cá sei.
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