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Atualizado: 19 de julho de 2025


Palpita-me que a snr.^a D. Fulana tem na cabeça muita somma de têas de aranha, e não serei eu a vassoura da limpeza. Não obstante, respeito-a, admiro-a até ao ponto de lhe offerecer a minha «Pathologia do CasamentoDigne-se v. exc.^a acolhel-a no regaço da sua benevolencia, e dê-me occasiões de mostrar-lhe que sou De v. exc.^a o ultimo creado, e o primeiro dos seus admiradores,

Um delles merecia os pensamentos de Fulana; outro andava derretido por Sicrana, e ella por elle, tanto que eram certos na rua do Ouvidor ás quartas e sabbados, entre duas e tres horas. Marianna ouvia aturdida. Na verdade, o chapéo era bonito, trazia uma linda gravata, e possuia um ar entre elegante e pelintra, mas... Não juro, ouviu? replicava a outra, mas é o que se diz.

Some-se pouco a pouco o numerario, Todos vão lendo o mesmo breviario; Para a vida mui poucas cousas bastão, As superfluas são as que mais gastão; O luxo, os appetites, as vaidades, A grande emulação das amizades: porque usa Fulana, e traja assim, Querêllas desbancar he logo o fim: Isto em todas as cousas se está vendo, Donde nasce o calote, e empenho horrendo; Que inda vendo que os lucros não acodem, Todos querem fazer mais do que podem: Por isso hoje bons trastes são vendidos, Que se herdárão de Avós mais comedidos; Se estes das sepulturas resurgissem, Talvez ficassem doudos do que vissem!

Vai lêr um drama intitulado Pathologia do Casamento. Pathologia, minha querida snr.^a D. Fulana, é uma palavra grega, composta de pathos, doença, e logos, tractado. Quer, por tanto, dizer molestias do casamento.

Depois de fazer mil momices e grande grita e de ter feito mexer o môrto, que o pôvo acredita que mexeu sem intervenção estranha, o adevinho declara que foi a alma de fulano ou de fulana que o matou, ou então que foi feitiço dado por alguem que elle designa.

V. exc.^a é uma senhora fina, que, além de ter a cabeça no seu lugar, apresenta muitas vezes lume no olho. Sympathiso com o seu talento, e talvez casasse com a snr.^a D. Fulana, se tivesse a certeza de podermos entreter o nosso tempo traduzindo os trinta e sete livros de Plinio, e os trinta e cinco De Linguâ Latinâ de Terencio Varro, que Deus tem em sua santa gloria.

Por isso vão ás vezes, ás escondidas, a um beco escuro e immundo que lhes ensinou não se sabe quem, uma criada quasi sempre, trepar por uma escada que range e verga, bater a uma porta carunchosa e perguntar pela senhora fulana, a senhora dona fulana de mais a mais, um diabo de velha com bigodes, ou uma grande verruga no queixo, que traz para ali um pires com agua e a lamparina da noite com azeite, resa um credo em cruz em cima do pires que tem agua, e molha no azeite o dedo minimo da pessoa, dizendo tres vezes o nome d'ella e resando: Deus te fez, Deus te creou, Deus te desolhe De quem mal te olhou.

Balzac escreveu a «physiologia»; outro, que me não vem á memoria, escreveu «anatomia do coração»; faltava uma «pathologia» que apparece agora, e, mais tarde, se me não faltar a vista intellectual, que sinto muito cançada, escreverei a «Pharmacia do casamento» que hei-de dedicar a uma outra D. Fulana, que eu sei.

Analysava os gestos, os olhares, os movimentos dos labios. «Fulana olhou-me com desdem! Aquelle riu-se insolentemente, quando eu passei!

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