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Atualizado: 21 de junho de 2025
127 "Vês, passa por Camboja Mecom rio, Que capitão das águas se interpreta; Tantas recebe d' outro só no Estio, Que alaga os campos largos e inquieta; Tem as enchentes quais o Nilo frio; A gente dele crê, como indiscreta, Que pena e glória têm, despois de morte, Os brutos animais de toda sorte.
Ora é êste poder de interpretação que se chama a apercepção. A inteligência depende da apercepção, da maneira porque se interpreta. Quem interpreta por uma maneira inadequada
Que por diuiſa hum ramo na mão tinha, A barba branca, longa, & penteada: Quem era, & porque cauſa lhe conuinha A diuiſa que tem na mão tomada, Paulo reſponde, cuja voz diſcreta O Mauritano ſabio lhe interpreta.
Isto em quanto á concepção. Em quanto, porém, a certa ordem de sentimentos, que, no ponto de vista épico, são secundarios, mas que occupam um grande logar no poema, para os comprehender faz-nos o sr. Oliveira Martins considerar outro lado da physionomia tão complexa de Camões e da sua época. Com effeito, se Camões é um portuguez do seculo XVI, é ao mesmo tempo um artista da Renascença; daqui todo um lado dos Lusiadas, que excede a idéa nacional, e por onde este profundo poema se liga, não já á vida necessariamente estreita de um simples povo, mas ao vasto movimento do espirito humano nos tempos modernos. Sem este lado, a significação dos Lusiadas seria meramente nacional e local, não europêa e universal: teriam só um valor historico e não philosophico tambem. Mas Camões, portuguez pelo caracter e pelo coração, era pela intelligencia mais do que portuguez sómente. Respirava a atmosphera subtil e vivificante da Renascença: no seu vasto espirito, como no dos grandes artistas desse tempo, havia um lado mysterioso e profundo que se virava, não para o passado ou para o presente, mas para o illimitado futuro, presentindo já a revolução moral dos seculos XVIII e XIX. Se Camões, como portuguez é patriota e heroico, como homem da Renascença é pantheista; pantheista platonico e idealista, já se vê, como Miguel Angelo, Leonardo de Vinci, Shakespeare. Portuguez, exalta os feitos por onde o seu povo conquista entre as nações um logar proeminente: homem da Renascença, sente e interpreta a natureza com um naturalismo impregnado de idealidade, que é mais ainda o presentimento de um mundo moral novo, do que uma imitação da antiguidade pagan. O sentimento pantheista da natureza, sentimento todo moderno, e que devia mais tarde chegar á plenitude em Rousseau, Goethe, Hugo, appareceu pela primeira vez em Camões. Daqui, o caracter do seu espanto em face dos grandes phenomenos maritimos; daqui, a concepção do Adamastor; daqui, o sensualismo da primeira parte do canto XI e o idealismo da ultima.
1 Na primeira figura se detinha O Catual que vira estar pintada, Que por divisa um ramo na mão tinha, A barba branca, longa e penteada: "Quem era, e por que causa lhe convinha A divisa, que tem na mão tomada?" Paulo responde, cuja voz discreta O Mauritano sábio lhe interpreta.
Isto em quanto á concepção. Em quanto, porém, a certa ordem de sentimentos, que, no ponto de vista epico, são secundarios, mas que occupam um grande logar no poema, para os comprehender faz-nos o snr. Oliveira Martins considerar outro lado da physionomia tão complexa de Camões e da sua época. Com effeito, se Camões é um portuguez do seculo XVI, é ao mesmo tempo um artista da Renascença; d'aqui todo um lado dos Lusiadas, que excede a idéa nacional, e por onde este profundo poema se liga, não já á vida necessariamente estreita d'um simples povo, mas ao vasto movimento do espirito humano nos tempos modernos. Sem este lado, a significação dos Lusiadas seria meramente nacional e local, não europêa e universal: teriam só um valor historico e não philosophico tambem. Mas Camões, portuguez pelo caracter e pelo coração, era pela intelligencia mais do que portuguez sómente. Respirava a atmosphera subtil e vivificante da Renascença: no seu vasto espirito, como no dos grandes artistas d'esse tempo, havia um lado mysterioso e profundo que se virava, não para o passado ou para o presente, mas para o illimitado futuro, presentindo já a revolução moral dos seculos XVIII e XIX. Se Camões, como portuguez é patriota e heroico, como homem da Renascença é pantheista; pantheista platonico e idealista, já se vê, como Miguel Angelo, Leonardo de Vinci, Shakespeare. Portuguez, exalta os feitos por onde o seu povo conquista entre as nações um logar proeminente: homem da Renascença, sente e interpreta a natureza com um naturalismo impregnado de idealidade, que é mais ainda o presentimento d'um mundo moral novo, do que uma imitação da antiguidade pagã. O sentimento pantheista da natureza, sentimento todo moderno, e que devia mais tarde chegar á plenitude em Rousseau, Goethe, Hugo, appareceu pela primeira vez em Camões. D'aqui, o caracter do seu espanto em face dos grandes phenomenos maritimos; d'aqui, a concepção do Adamastor; d'aqui, o sensualismo da primeira parte do canto XI e o idealismo da ultima.
A mim?... a um homem muito diverso que ha vinte e quatro annos tinha o meu nome, e esse tal era o ultimo do grupo. Dizia João Pacheco a José de Almeida uma vez: Este Abreu, se não tivesse cartas de bacharel, seria um homem regular; porém, como não advoga, nem faz leis, nem as interpreta, quer á força mostrar que a formatura lhe deu alguma distincção. Faz espirito.
V. ex.^a interpreta de um modo tão singular todas as minhas palavras, e todas as minhas acções, que desisto de as explicar de um modo satisfatorio.
Vós sós devieis adornar os prados. Não pódem dous oppostos juntos ser: Onde se põe giesta, que he lembrança, Junto do rosmaninho, que he 'squecer? Bem peza do leve álamo a mudança; Do roxo goivo anima o pensamento Do cypreste odorifero a esperança. O trevo, que he sentido apartamento, Cérca o mangericão, que se interpreta Memoria a quem offende o esquecimento.
Eſte interpreta mais que ſutilmente Os textos. eſte faz & desfaz leis: Eſte cauſa os perjurios entre a gente: E mil vezes tirânos torna os Reis. A te os que ſo a Deos omnipotente Se dedicão, mil vezes ouuireis, Que corrompe eſte encantador, & illude: Mas não ſem cor com tudo de virtude. ❧ Canto Nono.
Palavra Do Dia
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