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Queres-lhe alguma coisa? Nada, respondeu. E ficou encostado á porta, esperando a noiva. dentro o taberneiro virava na frigideira as sardinhas que aloiravam, bailando e cantando uma cantiga festiva no azeite a ferver. E o Ventura á porta apertava na mão a caixinha das contas, e tinha fome.

Com mau tempo tomavam quatro rizes á vela grande, e como o mastro se inclinava para a proa, a chalupa navegava maravilhosamente com aquelle unico panno. Graças á largura do barco e ao pouco comprimento relativo do casco, a chalupa virava com facilidade, cedia bem ao vento e obedecia docilmente á canna do leme.

O estomago dilatava-se tanto como o coração... O somno fugia amedrontado da alegre voz do gallo. Estava-se bem toda a noite e ninguem pedia amoniaco nem soda Watter. O livro da felicissima gastronomia d'aquelle tempo era digno do prologo, e levava quinze dias a lêr-se. no dia de Reis se virava a ultima folha. E no dia 7 de janeiro ninguem se queixava de dyspepsia! Hoje tudo é differente.

Isto em quanto á concepção. Em quanto, porém, a certa ordem de sentimentos, que, no ponto de vista épico, são secundarios, mas que occupam um grande logar no poema, para os comprehender faz-nos o sr. Oliveira Martins considerar outro lado da physionomia tão complexa de Camões e da sua época. Com effeito, se Camões é um portuguez do seculo XVI, é ao mesmo tempo um artista da Renascença; daqui todo um lado dos Lusiadas, que excede a idéa nacional, e por onde este profundo poema se liga, não á vida necessariamente estreita de um simples povo, mas ao vasto movimento do espirito humano nos tempos modernos. Sem este lado, a significação dos Lusiadas seria meramente nacional e local, não europêa e universal: teriam um valor historico e não philosophico tambem. Mas Camões, portuguez pelo caracter e pelo coração, era pela intelligencia mais do que portuguez sómente. Respirava a atmosphera subtil e vivificante da Renascença: no seu vasto espirito, como no dos grandes artistas desse tempo, havia um lado mysterioso e profundo que se virava, não para o passado ou para o presente, mas para o illimitado futuro, presentindo a revolução moral dos seculos XVIII e XIX. Se Camões, como portuguez é patriota e heroico, como homem da Renascença é pantheista; pantheista platonico e idealista, se , como Miguel Angelo, Leonardo de Vinci, Shakespeare. Portuguez, exalta os feitos por onde o seu povo conquista entre as nações um logar proeminente: homem da Renascença, sente e interpreta a natureza com um naturalismo impregnado de idealidade, que é mais ainda o presentimento de um mundo moral novo, do que uma imitação da antiguidade pagan. O sentimento pantheista da natureza, sentimento todo moderno, e que devia mais tarde chegar á plenitude em Rousseau, Goethe, Hugo, appareceu pela primeira vez em Camões. Daqui, o caracter do seu espanto em face dos grandes phenomenos maritimos; daqui, a concepção do Adamastor; daqui, o sensualismo da primeira parte do canto XI e o idealismo da ultima.

Nos ramos dos castanheiros ramalhavam folhas de livros. E os homens, as finas damas, vestidos de papel impresso, com titulos nos dorsos, mostravam em vez de rosto um livro aberto, a que a brisa lenta virava docemente as folhas.

E virava costas de aborrecido, E, no entanto, as mulheres gostavam d'elle talvez por essa rasão. Não gostam as flores das borboletas? A vida exterior, activa, intelligente é que, por via de regra, gera a inconstancia. De modo que aquillo que n'uma mulher constitue um crime de lesa-dignidade, é para o homem uma quasi urgencia, filha, sem duvida, das circumstancias especiaes que o rodeiam.

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