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D. Alvaro de Athayde, filho segundo da casa de Atouguia, e seu filho D. Pedro de Athayde foram sentenciados por crime de lesa-magestade, cuja sentença pela ausencia de D. Alvaro teve sómente a execução em D. Pedro que foi morto, e esquartejado em Setubal: isto não obstante passou toda a casa herdada por este ultimo de sua mãi a seu filho D. Fernando, o qual fallecendo sem successão passaram os morgados a quem tocavam; mas os bens da corôa foram dados a D. Antonio, filho do segundo matrimonio do sobredito delinquente D. Alvaro, e este D. Antonio foi conde da Castanheira, vedor da fazenda, e grande privado de el-rei D. João III, e é por filhos e filhas avô da maior parte da nobreza d'esta côrte.

O qual pelas espias que com todos trazia foi logo certificado dos percebimentos de gentes e armas que o duque para isso fazia, e como fazia fundamento de vir e passar em tal auto, e sem prazer do Infante por suas terras, e sobre o que o Infante n'isso faria, de resistir com força sua passagem, ou a dessimular com paciencia, teve com os seus conselhos, em que houve votos desacordados, e finalmente o Infante seguindo a opinião do conde d'Abranches e d'alguns outros que com a sua conformaram, determinou com armas lhe resistir, mostrando que recebia de Deus muita mercê despoer-lhe assim de uma pessoa a elle tão damnosa, vingança tão bem aparelhada e tanto desejada, pelo qual de Coimbra se foi á sua villa de Penella, d'onde as novas de seu fundamento correram logo á côrte d'El-Rei que era em Santarem, e com todo o desfavor do Infante alguns fidalgos seus amigos e servidores que eram na côrte, sentindo que em tal tempo teria d'elles necessidade, se vieram logo para elle, assim como Aires Gomez da Silva com Fernão Tellez, e João da Silva seus filhos, e Luiz d'Azevedo, e Martim de Tavora, e Gonçalo d'Atayde, e outros muitos de menos condição, e n'este caso Alvaro Gonçalves da Tayde conde da Atouguia e seus filhos, sendo criados e feitura do Infante, pelo não irem servir n'esta jornada, foram como ingratos á sua criação e bemfeitoria geralmente bem reprendidos, especialmente que para sua encuberta usaram de praticas, e fazendo-se manhosamente e por suas astucias prender e impedir, para não irem acompanhar e servir o Infante, fazendo-o desleal e contrairo ao serviço e obediencia d'El-Rei.

Com que por uma vez, temos boa companhia, graças ao nosso Atouguia que tal companhia fez, Em fim, chegou Garcez, galan de primeira classe, que eu não cuidei que chegasse; e muita gente diz que morreu Antonio Ruiz; mas requiescat in pace. Amen. Digo o mesmo, respectivamente ao sabio que desbalisei do seu trabalho de traductor de um livro que nunca viu.

Ahi se que o conde de Atouguia morava «ao Chiado». E eu proprio li, posteriormente, uma referencia mais antiga, porque é relativa á primeira década do mesmo seculo XVII: «Outras casas do bairro do Marquez ficavam situadas ao Chiado, quando se entra na rua Direita da Porta de Santa Catharina » Archivo Nacional. Chancellaria de D. Filippe II. livro XIX, fol. 269.

Este ultimo foi grande parte no precoce rancor de Venceslau aos governos absolutos. Era D. Luiz de Athaide filho do conde de Atouguia e neto do marquez de Tavora, ambos justiçados como regicidas sob o reinado de D. José I.

E n'este anno de mil e quatrocentos cincoenta e cinco, El-Rei D. Anrique o quarto de Castella, se quitou da filha d'El-Rei D. João de Navarra seu tio que tinha por mulher, e se concertou com El-Rei D. Affonso de Portugal, que lhe deu por mulher a Infante D. Joana sua irmã, que sem dote e com os sós corregimentos de sua pessoa, casa e camara, que foram muito reaes e de gram cumprimento, a recebeu por mulher em idade de XVII annos, e foi muito honradamente levada ao extremo d'estes reinos, e d'hi levada a Castella por a condessa D. Guiomar, e por o conde da Atouguia D. Martinho seu filho, que a entregaram a El-Rei, e além das festas que em Lisboa se fizeram mui grandes, houve tambem outras e honradas justas na Landeira; porque a Rainha entrou por Elvas.

El-Rei em partindo avisou o escudeiro, que até não ser no mar não dissese nada do caso, por não commover a choro e tristeza os senhores que em sua companhia tinha ordenados, que eram o conde de Guimarães, e D. João seu irmão, o conde de Monsanto, o conde da Atouguia, o Prior do Crato, e muitos outros do conselho, e gentis homens fidalgos de sua casa, com os quaes El-Rei passou a Gibaltar, onde El-Rei de Portugal e El-Rei de Castella tiveram suas praticas e concordias, cuja sustancia foi requerer El-Rei D. Anrique liança a El Rei D. Affonso, para contra os grandes de Castella, que com desleal alevantamento d'El-Rei D. Affonso o moço seu meio irmão lhe queriam desobedecer, e que para ter mais razão de o ajudar, queria que a Infante D. Isabel sua irmã casasse com El-Rei D. Affonso; e D. Joanna que então era havida por sua filha, e jurada por Princeza de Castella, casasse com D. João Principe de Portugal.

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