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O mensageiro era pae: entregou-lhe a carta. A menina leu-a, e cuidou morrer d'afflicção e vergonha. Dizia a morgada que as senhoras da terra, as quaes eram amantes de varios morgados casados, não levantariam o olhar, se a encontrassem nos caminhos, para a amante de seu marido.

D. Diogo, duque de Vizeu, foi morto, e sentenciado pelo mesmo crime, e confiscados todos os seus bens: não deixou filhos legitimos, mas um bastardo seu que por essa circumstancia de nascimento, não succedeu nos morgados, tão longe esteve d'elle prejudicar o crime de seu pai, que casou na casa de Villa Real, e lhe deram o emprego de condestavel, occupado algumas vezes pelos senhores infantes.

O tempo teria absolvido as injustiças relativas e os males parciaes pela importancia dos resultados. N'essa epocha, porém, de grandes ousadias, não se ousou tanto, e apenas se manifestou a guerra aos vinculos pela condemnação dos pequenos morgados; d'aquelles a que menos quadravam as accusações que se podiam fazer contra esta especie de propriedade.

Grande parte d'estes latifundios pertencem a importantes morgados; mas o resto constitue geralmente propriedades allodiaes, sendo os prasos n'aquella provincia, em contradicção com o que succede no Minho, apenas uma excepção rara, e ainda assim caracterisados ás vezes pela indole geral da propriedade no Alemtejo a extensão demasiada.

A critica da acção litteraria de Anthero de Quental está implicita n'esta caracteristica do seu organismo. Anthero de Quental nasceu na Ilha de S. Miguel em 1842, em uma familia de morgados; n'aquella pequena ilha a falta de cruzamentos nas familias aristocraticas tem determinado uma terrivel degenerescencia, que se manifesta pela idiotia e pela loucura.

A abolição dos morgados acho eu que foi um grande acto de justiça e de moralidade; além de ser uma medida de longo alcance politico. Ai... ai... ai... O que mais terei de ouvir! O menino está perdido!... Pois me applaude a maldita lei, que ha de dar cabo das familias mais illustres do reino... Ai, como elle está!... Deixe-se d'isso.

A primeira com o morgado de Muxagata, que pela cabeça d'elle déra cabo de tudo. E a segunda? A segunda com outro fidalgo do Marco de Canavezes, que tambem não tinha mais juizo. O amigo sabe decerto qual era a vida gastadora dos antigos morgados. Sei muito bem. Pois os dois deram cabo de tudo quanto tinham. A Christina estava reduzida ao pouco que lhe deixou o segundo marido.

«Martim Coelho foi sentenciado por crime de lesa-magestade, e seu filho succedeu nos morgados, e da mesma fórma nos senhorios de terras possuidas por seu pai. Lopo de Azevedo foi sentenciado pelo mesmo crime; não tinha morgados, mas os senhorios de terras por elle possuidos passaram a seu filho.

O objecto é o mais accommodado ás necessidades do tempo em que vivemos; offensa faria á vossa piedade, se vos exigisse a attenção. Alma e coração, discurso e affectos, convencem e persuadem como dever a esmola. Não creou a Natureza irmãos privilegiados, e morgados na familia dos homens: para uns, patrimonio de riquezas, e commodidades; para outros, encargos de miseria, e lagrimas.

Estas novidades abalaram os lavradores, que formularam algumas palavras de censura. E tambem falou para acabar com os morgados e com os vinculos. A falar a verdade, os vinculos... murmurou o sr.