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Senhor Doutor Não ha quem endoide as moças Como os olhos d'um doutor. Houve na aldeia viva sensação Ao regressar o filho do morgado, Que fôra para Coimbra de calção E vinha agora bacharel formado. Vae longe, olé, bradava o vozeirão Do abbade.

Discorreram annos, sem que o morgado tivesse de perguntar á sua consciencia a explicação do minimo alvoroto de sangue na presença de mulher estranha.

Isso não é difficil, senhor Morgado, dizia o abbade tomando tranquillamente a sua pitada. Que não ha forcas em Portugal... Então era uma indignação do Morgado. Não havia forcas? E porque não? Porque tinhamos um governo livre e um rei constitucional! Que se se seguisse a vontade dos padres, havia uma forca em cada praça e uma fogueira em cada esquina! Diga-me uma coisa, snr.

Calisto desandou para Lisboa, prevenindo Thomazia que occultasse de Iphigenia a indecorosa scena que sua mulher fizera. Na volta de Paris, o morgado aposentou-se no palacete da brazileira. O passeio á Europa limpou-lhe do espirito as teias: é bom desempoeirar os olhos com a viração salutar dos ares de França e Italia. Lisboa pareceu a Calisto Eloy terra pequena de mais para sacrificios tamanhos.

Ia accudir-lhe, mas conteve-a D. Victoria, e ella propria reconheceu então que perdera o direito de entrar como d'antes. Appareceu o frade, mostrando-se confuso, transtornado, apparentando vir offegante como de uma grande discussão. Repetiam-se os gritos de D. Perpetua e, como incommodado por elles, disse á pressa fr. Angelico: Accusou-me de desleal o senhor morgado por a ter introduzido aqui.

O bolieiro subiu ao terceiro andar, perguntando se s. ex.^a estava em casa. O morgado arregaçou com o pente as mechas do cabello, que lhe escondiam porção das escampadas fontes, apertou os cordões do rob-de-chambre na volta mais airosa da cintura, e desceu ao pateo a receber a visita.

Prudentia in omnibus, diz o sabio retorquiu o abbade. O morgado accudiu logo: Estote prudentes, sicut serpentes et simplices sicut columbae, disse Jesus, o sabio dos sabios. *Virtuosas parvoiçadas* A estreia parlamentar de Calisto de Barbuda fez hyperbolico estrondo nos salões da aristocracia, legitimista, que abriu suas portas ao esperançoso Berryer de Portugal.

Nenhum dos seus herdeiros tem o dominio absoluto dos bens do vinculo: o que tem é, digamos assim, apenas meia propriedade. Resulta d'aqui um facto. Pela nossa jurisprudencia os morgados extinguem-se: e esta extincção dimana da sua natureza. Quando ao ultimo administrador não restam parentes consanguineos, que tambem por consanguinidade o sejam do instituidor, o morgado acabou.

Eu por mim não caso, não tenho geito: e se vão d'esta feita Barrôlos e Ramires! A extincção dos Barrôlos é uma limpeza. Mas, acabados os Ramires, acaba Portugal. Portanto, Snr.^a D. Graça Ramires, depressa, em nome da nação, um morgado! Um morgado muito gordo, que eu pretendo que se chame Tructesindo! Barrôlo protestou, aterrado: O que? Turtesinho? Não! para tal sorte não o fabríco eu!

Aqui estou eu, que sou um funccionario indispensavel á patria, e receberia cento e noventa réis por dia, se não trouxesse rebatidos seis recibos a trinta e seis por cento, de modo que venho a receber seis e cinco! Que paiz!... O senhor morgado disse bem: estamos chegados aos tempos dos Dioclecianos e Caligulas!

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