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Josephina resignou-se e andou com a sua digna conductora uns duzentos passos n'uma hora; tantas coisas havia para admirar! Apezar de se extasiar vendo isto e aquillo, a boa rapariguinha exclamou: Oh! o que eu desejo vêr, mais do que tudo, são os saltimbancos. E eu tambem, minha pequena. Bem sei eu porque. Está pensando no seu rapazinho? Justamente.

Um pouco mais longe via-se um carrousel de cavallos de pau, enfeitado d'uma franja vermelha e azul em que scintillavam lantejoulas. Creanças, sentadas n'aquelles animaes inoffensivos, sentiam-se felizes por fazer concorrencia aos saltimbancos, chamando sobre si a attenção embasbacada dos passeiantes.

Consuelo foi deixando, pouco a pouco e quasi insensivelmente, cahir o vestido, cahir as cerejas, cahir os braços; e ficou a olhar para mim, com a cabeça erguida, na immobilidade de uma estatua. Eu, que estava nos ultimos galhos da arvore, em ponto eminente, ainda pude alcançar a estrada. E vi, então, sahir d'uma taberna, que se abria, uma companhia de saltimbancos.

As mais nervosas e engraçadas paginas de versos que eu tenho lido de lavra portugueza são a parte d'este poema intitulado Romanticismo, e a outra chamada Os saltimbancos. São trovoadas de talento. Paradoxos assombrosos que vos tiram do diaphragma epilepsias de riso. Ás vezes, magôa uma especie de motejo que parece rebellar-se contra tudo que grande parte da sociedade respeita.

Os reis em breve irão curvados e servis, quaes rotos saltimbancos, mostrar de feira em feira os seus cabellos brancos, agitando a maroma em vez do regio sceptro. E tu ó Velho irás tambem com teu Espectro n'esse caminho inglorio e tragico tambem, que se chama o Abandono, o caustico Desdem, de tudo isto que forma a Opinião Geral. Mas o mundo, esse não!

Vergonha sobre ti que como os saltimbancos foste lançar teu nome ao vento d'uma feira! Vergonha sobre ti, que como uma rameira que vende os seios nus em sordida estalagem ao cobre do quartel e ao rir da marinhagem, em quanto a mãe talvez jaz sobre um catre morta, e o archanjo do Pudor geme e soluça á porta, foste vender a honra ao ouro d'um senhor.

Justiça, traça o manto alvissimo e estrellado E senta-te, mulher, no throno abandonado Pelos vultos gentis de tantos Deuses velhos! Depois inda maior, mais pura e mais serena, No sangue de Jesus molhando a tua penna Explica a nova lei no fim dos evangelhos! Heroes da gargalhada, ó nobres saltimbancos, Eu gosto do vossês, Por que amo as expansões dos grandes rizos francos E os gestos d'entremez,

Eil o! elle aqui está! o rei dos saltimbancos! *A Justiça* Cala um pouco essa dôr. A Plebe grande e rude deve ser tambem forte assim como a Virtude. Nem sempre á pena e á dôr o pranto fica bem! *A Plebe* Deixae me soluçar. Eu sou a sua Mãe. Elle é teu filho, ó Plebe?... Oh deve ser suprema a injuria que te fez, ou o crime que o algema!

A unica coisa que quebrava ás vezes a monotonia da sua escravidão, era da sua parte ataques de teima que espantavam toda a companhia, e que se terminavam, se sabe, por pancadas. Estes ataques eram uma nova prova da sua fraca intelligencia, porque, é sabido, a teima é o defeito dos burros. Não se póde imaginar a agitação, a actividade dos saltimbancos nos dias de grande espectaculo.

N'esse tempo a gymnastica era um exclusivo dos acrobatas. Uma creança que subisse ao trapezio nivelar-se-hia com os filhos dos saltimbancos. Meu pai, que tinha lido por curiosidade um pouco de hygiene, propoz tomar-me um mestre d'esgrima e de gymnastica. O preconceito d'aquelles tempos oppoz-se. Meu pai, que não tinha tempo para estas luctas familiares, desistiu. Estudava eu instrucção primaria.

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